Sabe porque é que este vídeo do furacão Irma é falso? - TVI

Sabe porque é que este vídeo do furacão Irma é falso?

  • ALM
  • 7 set 2017, 19:22

Filmagem de abril de 2016, à passagem do tornado Dolores pelo Uruguai, tem corrido o mundo como se mostrasse a fúria do furacão mais temido desta semana, mas há um detalhe que a denuncia. Descubra qual

Como se não fosse suficiente mau, um dos furacões mais violentos que cruzou a história o oceano Atlântico, há vídeos, vistos por milhões de pessoas, mas de outras intempéries.

O alerta foi dado pelo site Mashable, que começou por pegar no exemplo de um vídeo de 30 segundos que, alegadamente, mostrava o furacão Irma a devastar as ilhas de Antígua e Barbuda, nas Caraíbas.

O vídeo, que foi compartilhado no Facebook por Hendry Moya Duran, já atraiu quase 29,5 milhões de visualizações. No entanto, as filmagens são de há mais de um ano, quando o tornado Dolores atingiu o Uruguai, em abril de 2016.

Se dúvidas houvesse, bastava uma pesquisa rápida pela site do BBVA para confirmarmos que o banco espanhol não tem agências na linha de destruição do Irma.

O falso momento do Irma até enganou um meteorologista. Jamie Erle voltou a partilhar o vídeo no perfil de Facebook e, mais tarde, reconheceu o erro: "Fui enganado. Não é Irma. Este é um vídeo antigo. As minhas mais sinceras desculpas. Não analisei com cuidado. Obrigado a quem o fez! E, mais uma vez, desculpem !!! ", postou mais tarde.

A ideia de utilizar um vídeo antigo e enviá-lo para o Facebook como um Facebook Live, é um truque que já não é original, mas é extremamente eficaz.

Uma versão do falso Facebook Live, em loop por 2 horas e 40 minutos, também foi postada no YouTube:

 

 

Embora não chegue às 400 visualizações, também é falso. O vídeo original é de 3 minutos e tem pelo menos 9 meses. De acordo com este vídeo, do AccuWeather, trata-se de o temporal Vardah na Índia, em dezembro de 2016.

No entanto, o Facebook não é a única plataforma que aloja vídeos falsos da Irma. Um utilizador do Instagram postou um vídeo, que afirmou ser da ilha holandesa e francesa Saint Martin, nas Caraíbas, em que mostrava um edifício de cinco andares a cair sobre um rio com o impacto furacão Irma. Sem os carateres chineses poderia ser em qualquer lado.

As imagens realmente provêm de inundações no Tibete em julho, de acordo com o site de notícias chinês Sina, citado também pelo site Mashable

 

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