Catedral de Santiago de Compostela vandalizada - TVI

Catedral de Santiago de Compostela vandalizada

  • BM
  • 12 mar 2019, 13:01

Na fachada da catedral, foi pintada uma frase bíblica com palavrões e no Arco de Palácio foram pintadas palavras de ordem de caráter político

A fachada da Catedral de Santiago de Compostela, na Galiza, foi vandalizada na madrugada desta terça-feira com frases obscenas, confirmou à Lusa fonte da fundação que gere o templo, adiantando que um dos acessos laterais foi também pintado.

A fonte da fundação Catedral de Santiago de Compostela, na capital da Galiza, adiantou que o caso já foi reportado à câmara local, estimando que os trabalhos de limpeza tenham início ainda esta terça-feira ou na quarta-feira.

A mesma fonte adiantou que o ato de vandalismo foi detetado esta manhã.

Na fachada da catedral, situada na praça do Obradoiro, foi pintada uma frase bíblica com palavrões e no, Arco de Palácio, como é conhecido localmente, foram pintadas palavras de ordem, de carater político: "Guilhotina Borbón", "Gritaremos até ficarmos sem Vox” e "Não nos pararão".

A Lusa contactou a Câmara de Santiago de Compostela mas, até ao momento, ainda não obteve esclarecimento sobre este caso.

Trata-se do segundo caso de vandalismo daquele templo em sete meses. Em agosto de 2018, uma estátua do século XII, situada na porta principal, foi vandalizada com uma pintura em ‘graffiti' de cor azul, que retratava a maquilhagem do grupo norte-americano Kiss, sendo que o nome da banda foi também inscrito na estátua.

Na altura, fonte da fundação da Catedral de Santiago explicou que "a catedral está a ser alvo de obras de restauro desde 2013 e até finais de 2020, num investimento de 18 milhões de euros, financiado pela fundação e pelo governo espanhol".

Câmara condena vandalização

O presidente da Câmara de Santiago de Compostela, Martiño Noriega, condenou as pinturas na fachada da catedral da capital da Galiza e considerou que "nada justifica" a vandalização de "património que é de todos".

Na nota publicada hoje no sítio oficial do município na Internet, o autarca adiantou ter colocado os meios da autarquia à disposição da fundação que gere o templo e defendeu a necessidade de ser lançado um apelo unânime e contundente à responsabilidade civil.

Quando se atenta contra o património atenta-se contra uma cidade inteira", sublinhou, destacando que Santiago de Compostela é Património da Humanidade e que "qualquer reivindicação tem de respeitar o património".

Segundo a nota da Câmara de Santiago de Compostela, hoje de manhã foram contabilizadas cinco pinturas em diferentes pontos da cidade, sendo que as "mais sensíveis" foram efetuadas nas escadas da catedral e no Arco de Xelmírez.

Especialistas em conservação analisaram as pinturas, para determinar o melhor método de proceder à limpeza do património. A polícia está a investigar o caso", afirmou o município galego.

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