O cardeal George Pell sabia dos abusos sexuais na Igreja australiana, nos anos de 1970, mas nada fez para os travar. É a conclusão de um inquérito governamental à atuação do antigo responsável pelas contas do Vaticano.
O inquérito elaborado pela comissão real para os abusos sexuais de crianças terminou em 2017, mas só agora são conhecidos os resultados. Já antes um tribunal tinha redigido um relatório sobre os abusos sexuais de crianças.
De acordo com o relatório, George Pell sempre soube dos abusos da igreja católica, desde o início da sua carreira, e foi sempre sabendo à medida que foi ascendendo na hierarquia da Igreja Católica.
Diz ainda o relatório que Pell sabia nomeadamente dos crimes do seu colega Gerard Ridsdale, que está preso, condenado por centenas de crimes de abusos sexuais de menores e é considerado o pior pedófilo da história da Igreja da Austrália
O cardeal George Pell nega todas as acusações. Diz-se “surpreso” com o inquérito: “Estas acusações não são suportadas por provas”.
O cardeal Pell foi condenado em 2018 por abusos sexuais de crianças, em 2018, mas acabou por ser libertado, depois de um tribunal superior ter revertido a sentença.