Presidente do Sri Lanka vai nomear o irmão como primeiro-ministro - TVI

Presidente do Sri Lanka vai nomear o irmão como primeiro-ministro

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  • 20 nov 2019, 13:40
Gotabaya Rajapaksa

Gotabaya Rajapaksa, um ex-titular da defesa venerado pela maioria étnica cingalesa, tomou posse como presidente do Sri Lanka na segunda-feira e apelou às minorias muçulmanas e tâmil para se unirem ao seu projeto

O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, vai nomear o seu irmão Mahinda Rajapaksa, antigo homem forte da ilha entre 2005 e 2015, como primeiro-ministro do país, disse esta quarta-feira um porta-voz do Governo cingalês à agência de notícias AFP.

Mahinda Rajapaksa deverá assumir o cargo na quinta-feira - após o atual chefe de Governo, Ranil Wickremesinghe, entregar a sua renúncia ao presidente -, sublinhou o porta-voz Vijayananda Herath, acrescentando que o novo Governo será formado logo depois.

O atual primeiro-ministro do Sri Lanka disse que vai renunciar, abrindo caminho para o Parlamento aprovar um primeiro-ministro para trabalhar com o recém-eleito Presidente Rajapaksa.

Ranil Wickremesinghe disse que apresentará a sua renúncia ao presidente na quinta-feira.

O presidente Gotabaya Rajapaksa, um ex-titular da defesa venerado pela maioria étnica cingalesa, tomou posse como presidente do Sri Lanka na segunda-feira e apelou às minorias muçulmanas e tâmil para se unirem ao seu projeto.

O presidente, a quem uma parte da população atribui um papel decisivo no final da guerra civil, venceu confortavelmente as eleições presidenciais de sábado.

No entanto, observadores consideraram que as minorias temiam a eleição de Gotabaya Rajapaksa, devido às alegadas violações de direitos humanos cometidas durante o conflito.

O juramento foi assinado na presença do presidente do Supremo Tribunal, Jayantha Jayasuriya, no templo budista Ruwanweli Seya, no antigo reino de Anuradhapura, no centro-norte do Sri Lanka.

No discurso à nação, o novo chefe de Estado prometeu dar prioridade à segurança no país e seguir uma política externa neutra. A nação insular do Pacífico ainda está a recuperar do ataque do grupo extremista Estado Islâmico, na Páscoa passada.

A vitória no sábado marca o regresso de uma família afastada do poder nas eleições de 2015 e frequentemente acusada de nepotismo, ignorando acordos de desenvolvimento com a China e alegadas violações dos direitos humanos durante o final da guerra de décadas com os rebeldes independentistas dos Tigres de Libertação Tâmil Eelam, em 2009.

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