De acordo com a agência EFE, num comício realizado no Museu Benaki de Atenas, Papandreou explicou que decidiu fundar um novo partido, com o nome «Movimento dos Democratas Socialistas», porque o país «precisa de uma mudança progressista, contra os conservadorismos de direita e de esquerda» e de «líderes que lutem pelos interesses do país sem pensarem no seu próprio benefício».
Papandreou, de 63 anos, evitou criticar o partido do qual fez parte, mas alfinetou os conservadores da Nova Democracia do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras.
«A maneira como os conservadores governaram tornou-nos vulneráveis aos mercados, fez com que aumentasse o défice e conduziu o país à beira do inferno», disse no primeiro comício «Movimento dos Democratas Socialistas», em que participaram centenas de pessoas.
O ex-chefe de Governo afirmou que o novo partido lutará «para a elaboração de um plano grego que não será imposto por outros». «Só um plano grego nos dará a força para dizer aos credores sim às mudanças, mas basta de austeridade», acrescentou.
Papandreou insistiu que é necessário «recuperar as forças que tentaram reconstruir o país quando a crise explodiu, as forças que assistiram com furor às reformas democráticas iniciadas no final de 2009 e aniquiladas no período de 2012 até agora».
Andreas Papandreou, primeiro-ministro de 2009 até 2011, nos primeiros anos da crise e do primeiro resgate, distanciou-se da aliança atual entre o Pasok e os conservadores.
Para Papandreou, um dos motivos pelos quais optou por criar um novo partido foi porque «é necessário um papel autónomo dos socialistas democratas», pois não se pode «seguir a direita», sublinhou.
«Nós apoiamo-nos nos valores do socialismo, da solidariedade e a justiça social. Estamos comprometidos com um novo contrato social e comprometemo-nos a lutar contra as desigualdades», concluiu.