NATO promete «ritmo muito elevado» de ataques na Líbia

O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, garantiu esta quarta-feira que a organização não vai abrandar a sua acção na Líbia. «Não concordo que a NATO esteja a ser lenta, temos de manter um ritmo muito elevado», defendeu Rasmussen na reunião do grupo de contacto com a Líbia, que juntou em Doha, Qatar, responsáveis pelas relações externas de vários países.

«As nossas operações irão terminar quando deixar de existir ameaça a civis no terreno», disse ainda o responsável da Aliança Atlântica.

No mesmo sentido, também o responsável pela política externa francesa, Alain Juppe, sublinhou que a força da coligação na Líbia deve manter uma forte pressão militar contra as tropas de Muammar Khadafi, mostrando-lhes que não têm outra saída. Juppe salientou também a necessidade de melhorar a coordenação no terreno entre as forças da coligação e os rebeldes pró-democracia. Além disto, pediu aos membros da coligação a terem um maior papel.

Criado mecanismo financeiro para os rebeldes pró-democracia

O grupo de contacto para a Líbia decidiu criar um «mecanismo financeiro temporário» para apoiar o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão que representa os rebeldes que combatem o regime de Muammar Khadafi.

O grupo decidiu «criar um mecanismo financeiro temporário para dotar o CNT e a comunidade internacional dos meios para responder às necessidades mais urgentes», segundo um comunicado emitido no fim da reunião de hoje e lido pelo primeiro-ministro do Qatar, Hamad bin Yassin al-Thani.

Antes da reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, tinha proposto a criação de um «mecanismo financeiro regional» que permita aumentar a ajuda financeira aos rebeldes da Líbia. Em cima da mesa também esteve a passagem dos bens congelados do líder líbio para um fundo do CNT.