Covid-19: cidade do Equador enterra mortos em caixões de papelão - TVI

Covid-19: cidade do Equador enterra mortos em caixões de papelão

  • AM
  • 5 abr 2020, 08:30
Caixões de papelão em Guayaquil

Caixões serão distribuídos pelos dois principais cemitérios da cidade de Guayaquil e pelas forças policiais.

As autoridades de Guayaquil, a cidade do Equador com mais infeções por covid-19, disponibilizaram centenas de caixões de cartão canelado, "para que as vítimas mortais desta doença possam ser enterradas com dignidade".

"Agradecemos à Associação dos Papeleiros pela sua primeira contribuição com 200 caixões de papelão", publicou o município na sua conta de Twitter, estimando que venham a ser necessários 2000 caixões de cartão canelado para proporcionar "um funeral digno" a todas as vítimas mortais da pandemia.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Guayaquil destaca o "gesto solidário", acrescentando que os caixões de cartão canelado contribuirão para dar "uma sepultura digna às pessoas falecidas durante a emergência sanitária".

Os caixões serão distribuídos pelos dois principais cemitérios da cidade e pelas forças policiais.

Nos últimos dias, familiares das vítimas mortais têm-se queixado publicamente da dificuldade em conseguir caixões tradicionais de madeira.

A província em que se situa Guayaqui regista 1.648 dos 3.465 casos de contaminação no Equador. O número de vítimas mortais em Guayaquil é de 122.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto de covid-19 espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de mais de 627 mil infetados e mais de 46 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.362 óbitos em 124.632 casos confirmados até hoje.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava 10.524 infeções confirmadas. Desse universo de doentes, 266 morreram, 1.075 estão internados em hospitais, 75 recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.

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