Mais de 1000 pessoas foram mortas e outras 400 raptadas em conflitos nos últimos seis meses no Sudão do Sul, disseram esta terça-feira as Nações Unidas.
O Sudão do Sul, onde foi assinado um acordo de paz em 2018, luta para se recuperar de uma guerra civil de seis anos que matou cerca de 380.000 pessoas e terminou, oficialmente, com a criação, em fevereiro último, de um governo de unidade nacional.
Contudo, a violência recomeçou nos últimos meses entre comunidades rivais, envolvendo frequentemente o saque de gado, num acerto de contas mortífero.
Mais de 1.000 pessoas morreram no Estado de Warrap nos últimos seis meses (...) Há muitas pessoas que pretendem levar a cabo ataques de retaliação, para vingar aqueles que morreram", afirmou um representante da ONU no Sudão do Sul, David Shearer.
David Shearer disse ainda recear que a violência aumente quando a estação seca chegar, em janeiro.
Entretanto, no estado oriental de Jonglei, "centenas" de pessoas morreram em combates este ano "e mais de 400 pessoas foram raptadas", acrescentou.
O risco de conflito em Jonglei é, portanto, (...) muito, muito elevado", alertou.
O responsável da ONU apelou ao diálogo intercomunitário e disse que a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul iria destacar mediadores da paz para vários locais identificados como focos de violência.