Guiné: chefe de estado-maior morto em ataque - TVI

Guiné: chefe de estado-maior morto em ataque

General Tagmé Na Waié  e Presidente Nino Vieira, assassinados

Quartel-general das forças armadas atacado este domingo. Emissões de rádio e de televisão suspensas

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O chefe de estado-maior das forças armadas da Guiné-Bissau, o general Tagmé Na Waié, morreu este domingo num ataque contra o quartel-general, em Bissau. Esta informação foi avançada pelo seu chefe de gabinete, o tenente-coronel Bwam Nhamtchio, à France Press (AFP).

«O general estava no seu escritório quando a bomba explodiu. Ele ficou gravemente ferido e não resistiu aos ferimentos. É uma perda para todos nós», disse o oficial ao telefone.

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O ataque aconteceu ao início da noite deste domingo, por volta das 20h00 locais (a mesma hora em Lisboa). Apesar da agência Reuters ter avançado que foram disparados tiros de lança-granadas contra o edifício, a AFP referiu, posteriormente, citando fontes militares, que se tratou de uma bomba de forte potência.

Mais cinco feridos

A agência francesa refere que para além do general, outras cinco pessoas ficaram feridas, sendo que duas delas estão em estado grave.

A AFP relata também que um grupo de militares, conduzidos pelo comandante Samuel Fernandes, se dirigiu a todas as rádios locais, dando ordem de suspensão das emissões. A Reuters refere que as emissões televisivas também terão sido interrompidas.

«Parem todos os programas, encerrem as estações, até que tenhamos todas as informações sobre o que se passou no Estado-Maior. É também para a vossa segurança, jornalistas», disse o oficial, citado pela France Press.

Perseguir os atacantes

Citado pela Reuters, Samuel Fernandes disse que os militares estavam em busca dos responsáveis pelo ataque. «Vamos perseguir os atacantes e vingarmo-nos», afirmou.

O Governo português está a acompanhar «de perto» a situação provocada pelo atentado à bomba que provocou a morte do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, disse fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, escreve a Lusa.

«O Governo português e, designadamente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, estão a acompanhar de perto a situação» vivida em Bissau, disse à Lusa fonte do ministério tutelado por Luís Amado, sem mais comentários.

Última actualização às 01h07
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