Guiné: militares obedientes ao «poder político» - TVI

Guiné: militares obedientes ao «poder político»

General Tagmé Na Waié (Esquerda) e Nino Vieira, ambos assassinados

Forças Armadas apelam à população para se manter calma e em casa

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O Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau garantiu esta segunda-feira, em comunicado, que vai obedecer ao poder político e às instituições da República e apelou à população para se manter calma e serena, refere a Lusa.

Num comunicado assinado pelo capitão de Mar Zamora Induta, pode ler-se que «no dia 01 de Março pelas 19:41 (mesma hora em Lisboa), uma bomba colocada por indivíduos ainda não identificados explodiu no edifício principal do Estado-Maior vitimando mortalmente o General Tagmé Na Waié, tendo deixado gravemente feridos três escoltas seus quando subiam para o gabinete».

«Não obstante as medidas tomadas para evitar possíveis dissabores, um grupo de cidadãos por identificar assaltou a residência do Presidente da República da Guiné-Bissau, João Bernardo «Nino» Vieira, tendo-o baleado até à morte», afirma a nota.

Afirmando que tudo aconteceu «numa altura em que o Estado-Maior tem vindo a promover acções no quadro da reconciliação no seio das Forças Armadas», a instituição militar informa que «a situação está sob controlo, apela à população para se manter calma e serena e não abandonar as residências».

O Estado-Maior reafirma ainda «o compromisso e a firmeza em obedecer ao poder político e às instituições da República» e garante que «vai manter-se intransigente com a sua missão constitucional».

O Presidente «Nino» Veira foi assassinado por militares depois de no domingo um atentado à bomba ter provocado a morte ao chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waie.
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