Conselho de Segurança da ONU volta a falhar declaração conjunta sobre Israel e Palestina - TVI

Conselho de Segurança da ONU volta a falhar declaração conjunta sobre Israel e Palestina

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  • 16 mai 2021, 23:44

Terceira reunião de emergência, que decorreu de forma virtual, resultou em ataques recíprocos entre palestinianos e israelitas

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de urgência neste domingo mas continua sem conseguir uma declaração conjunta sobre o atual conflito entre israelitas e palestinianos, avançou a agência France-Presse (AFP).

Pelo menos 188 palestinianos foram mortos nas centenas de ataques aéreos em Gaza, incluindo 55 crianças e 33 mulheres, e 1.230 pessoas ficaram feridas. Do lado israelita há dez vítimas mortais.

A terceira reunião de emergência, que decorreu de forma virtual, resultou em ataques recíprocos entre palestinianos e israelitas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad Al-Maliki, acusou Israel de “crimes de guerra”, denunciando a “agressão” do Estado judeu contra “o povo palestiniano e os seus lugares sagrados”.

“O Hamas optou por acelerar as tensões, usadas como pretexto para iniciar esta guerra, que foi premeditada”, replicou o embaixador de Israel nos Estados Unidos e na ONU, Gilad Erdan.

O diplomata israelita pediu ao Conselho de Segurança que condene o “lançamento indiscriminado de rockets”, enquanto o ministro palestiniano solicitou autoridade para “agir” para impedir a ofensiva israelita, perguntando quantas mortes palestinianas são necessárias para serem tidas como “escândalo”.

Paralelamente ao encontro, os 15 membros do Conselho de Segurança continuaram as negociações sobre um texto comum que visa pedir o fim das hostilidades e reafirmar uma solução para dois Estados vivendo lado a lado, nomeadamente Israel e Palestina, com base nas resoluções já adotadas pela ONU.

Mas, de acordo com vários diplomatas ouvidos pela AFP, os Estados Unidos, numa posição considerada incompreensível para muitos dos seus aliados, continuam a recusar qualquer declaração conjunta.

Numa semana, Washington, isolado, já rejeitou dois textos propostos por três membros do Conselho: Noruega, Tunísia e China.

 

 

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