Afeganistão: ONU contra violações legalizadas - TVI

Afeganistão: ONU contra violações legalizadas

Hamid Karzai, presidente do Afeganistão (arquivo)

Presidente afegão, Hamid Karzai, legitimou relações sexuais à força entre marido e mulher

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O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, legalizou as «violações» dentro do casamento, entre marido e mulher, e limitou mais os direitos do sexo feminino. A lei assinada no início de Março, segundo o jornal britânico «Guardian», levou a comunidade internacional, a pressionar o presidente para não levar por diante a proposta.

O desafio ao líder afegão foi feito durante uma conferência das Nações Unidas, em Haia, dedicada ao Afeganistão. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Escandinávia, questionou publicamente Hamid Karzai sobre o relatório da ONU que criticava a nova legislação. Ainda segundo o «Guardian», também a Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, abordou o tema num encontro privado com o presidente afegão.

«Não podem recusar relações sexuais»

Aliás, durante uma conferência de imprensa, Hillary Clinton criticou toda e qualquer medida que limite os direitos das mulheres, em qualquer país do mundo. E acrescentou: «Os direitos do sexo feminino, são um ponto fulcral na política internacional da administração Obama».

As Nações Unidas receberam informações, já que até ao momento não tiveram acesso ao documento oficial, de que a lei determina que uma «mulher não pode recusar ter relações sexuais com o marido». Mas além disso, obriga ainda a «ter uma autorização do marido» para procurar emprego, um médico ou até frequentar uma escola.

Vários analistas consideram que a nova legislação visa conquistar o «apoio» dos muçulmanos mais radicais para as eleições presidenciais, marcadas para Agosto.
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