A cerimónia foi presidida pelo secretário de Estado John Kerry, que sublinhou a aproximação de dois "vizinhos" que deixaram de ser "rivais" ou "inimigos".
"Estamos certos de que este é o momento de nos aproximarmos uns dos outros, como dois povos que já não são inimigos ou rivais, mas vizinhos. É tempo de desfraldar as nossas bandeiras e erguê-las para que o mundo saiba que nos queremos bem."
John Kerry tornou-se, assim, o primeiro secretário de Estado norte-americano a visitar Cuba nos últimos 70 anos. No discurso que proferiu em Havana, o governante norte-americano sublinhou a coragem de Barack Obama e Raúl Castro.
"Meus amigos, estamos aqui reunidos porque os nossos líderes, o Presidente Obama e o Presidente Castro, tomaram uma decisão corajosa: deixaram de ser prisioneiros da história."
O secretário de Estado deixou, no entanto, alguns recados ao governo cubano: o futuro de Cuba depende de si e é importante que Havana tome medidas no sentido de responder às suas obrigações internacionais no âmbito dos direitos humanos.
Um outro momento simbólico marcou esta cerimónia: os três marines que retiraram a bandeira norte-americana da embaixada, a 4 de janeiro de 1961, foram os mesmos que a voltaram a hastear esta sexta-feira. Os três são agora reformados, na casa dos 70 anos.
A reabertura da embaixada dos Estados Unidos em Havana surge depois de Cuba ter reaberto a sua embaixada em Washington, no mês passado.
Os dois países restabeleceram relações diplomáticas em dezembro do ano passado. O anúncio foi feito pelos dois presidentes, Barack Obama e Raúl Castro.