Uma jornalista holandesa foi impedida de sair da Turquia este domingo por ter criticado o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. Ebru Umar foi detida este sábado na cidade de Kusadasi, no este da Turquia.
“Polícia à porta. Não é brincadeira”, escreveu a jornalista, no sábado, Twitter.
Oké. Politie voor de deur timeline. Geen grap.
— Ebru Umar (@umarebru) 23 de abril de 2016
Algum tempo depois de ter partilhado esta mensagem, Ebru Umar deu conta, na mesma rede social, que já tinha sido libertada, mas que estava impedida de sair do país. “Em liberdade, mas proibida de sair do país”, escreveu.
Ebru Umar, que tem origens turcas, mas nasceu na Holanda, estava na Turquia de férias, hospedada num resort de Kusadasi, quando tudo aconteceu.
O blog holandês Geenstijl informou que Umar foi detida por ter partilhado críticas ao presidente turco no Twitter. Estes tweets terão sido denunciados às autoridades turcas.
Esta semana, uma polémica envolveu o consulado turco na Holanda. O consulado pediu às organizações turcas com sede na Holanda que enviassem emails e publicações na Internet que insultassem o presidente ou a Turquia.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, já fez saber que vai pedir esclarecimentos sobre o assunto a Ancara. O consulado turco, por sua vez, disse que se tratou de uma escolha infeliz de palavras, que originou um mal-entendido.
Ebru Umar escreveu um artigo sobre esta polémica no jornal holandês Metro, tendo chegado a comparar este pedido do consulado às práticas nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
Na Turquia, insultar o presidente é um crime que pode dar até quatro anos de cadeia.