Suspeito de esfaquear deputado britânico 17 vezes planeou ataque durante semanas - TVI

Suspeito de esfaquear deputado britânico 17 vezes planeou ataque durante semanas

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 17 out 2021, 09:51

O suspeito é um homem britânico de origem somali, de 25 anos, que já estava referenciado pelas autoridades como extremista

O homem suspeito do homicídio do político britânico David Amess planeou o ataque durante mais de uma semana, avança a imprensa britânica, que cita fontes que se encontram a investigar o caso. 

O suspeito é um homem britânico, de 25 anos, tem origem somali e já estava referenciado pelas autoridades como extremista, revela o jornal The Independent. Identificado como Ali Harbi Ali, o rapaz esfaqueou o político conservador 17 vezes.

O jovem é filho de um antigo assessor de comunicação do primeiro-ministro da Somália. Em declarações à imprensa britânica, o pai do suspeito confessa-se “traumatizado” com a violência do crime.

Recorde-se que o assassínio do deputado britânico David Amess foi considerado "um incidente terrorista", com a investigação inicial a apontar para uma "potencial motivação ligada ao extremismo islâmico".

A investigação está a ser conduzida pelo Comando Contra o Terrorismo da Met, em colaboração com a Unidade de Operações Especializadas da Região Leste (ERSOU, na sigla em inglês) e com a Polícia de Essex, anunciou aquela força policial, num comunicado divulgado na rede social Twitter.

O coordenador nacional da unidade de contraterrorismo, o comissário Dean Haydon, "declarou formalmente o incidente como terrorismo", indicou a polícia na nota.

A investigação inicial revelou uma potencial motivação ligada ao extremismo islâmico", acrescentou.

O deputado conservador David Amess morreu na sexta-feira na sequência de um ataque com uma faca em Leigh-on-Sea, durante um encontro com eleitores.

David Amess, de 69 anos, casado e pai de cinco filhos, representava a circunscrição de Southend West, no condado de Essex.

Era deputado desde 1983, católico, opositor ao aborto e defensor dos direitos dos animais, tendo também feito campanha pelo ‘Brexit’.

As manifestações de pesar foram unânimes em todos os quadrantes políticos, com o crime a trazer à memória o homicídio em 2016 da deputada do Partido Trabalhista Jo Cox, assassinada por um militante de extrema-direita, uma semana antes do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.

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