Ministro do Interior adia demissão e dá prazo de três dias a Merkel - TVI

Ministro do Interior adia demissão e dá prazo de três dias a Merkel

  • MM/AR - notícia inicialmente inserida às 23:45 de 01-07-2018
  • 2 jul 2018, 09:53
Horst Seehofer, Angela Merkel e Martin Schulz

Horst Seehofer volta a reunir-se, esta segunda-feira, com a chanceler alemã para solucionar a crise no Governo que o motivou a abondonar o cargo

Angela Merkel e o ministro alemão do Interior voltam a reunir-se, esta segunda-feira, em Berlim, na tentativa de solucionar a crise no Governo que motivou Horst Seehofer, também seu parceiro de coligação, a ameaçar demitir-se do cargo. O governante adiou a demissão, anunciada no domingo, devido ao desacordo com a chanceler alemã face à política de imigração.

"Eu disse que desocuparia os meus dois escritórios [como ministro do Interior e como chefe do partido da CSU] nos próximos três dias", disse Horst Seehofer a repórteres em Munique, esta segunda-feira.

De acordo com o jornal The Local, o ministro acrescentou aos jornalistas que, antes que o prazo se esgote, vai falar esta tarde com a chanceler alemã, “na esperança de chegar a um entendimento" que confirmará ou não a sua decisão de permanecer como membro do Governo.

Horst Seehofer chegou a anunciar a decisão de se demitir no decurso de uma reunião à porta-fechada da União Social Cristã (CSU) em Munique, durante a noite de domingo, e na qual se discutia a política migratória que está a dividir Merkel e o ministro, que é também líder do partido conservador da Baviera, que integra a “grande coligação” com a CDU e os sociais-democratas do SPD.

Pretende demitir-se do seu cargo de ministro e de presidente do partido” por considerar “não garantir o apoio necessário”, indicou no domingo à agência France-Presse uma fonte próxima da CSU.

Horst Seehofe parece agora ter adiado a decisão.

Vamos ter mais conversações com a CDU em Berlim, na esperança de que se consiga alcançar um acordo", disse esta segunda-feira Seehofer aos jornalistas, após uma reunião que durou quase oito horas. "Depois, vamos ver o que acontece", acrescentou.

O conflito interno dos conservadores alemães está relacionado com o tratamento dos imigrantes que chegam à Alemanha, mas que já se encontram registados em outros países europeus.

O ministro defendia o seu reenvio para a fronteira, uma opção rejeitada por Angela Merkel para não criar um “efeito dominó” na Europa.

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