A Human Rights Watch (HRW) qualificou esta quarta-feira o primeiro ano de mandato do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, de “calamidade” para os direitos humanos devido à ‘guerra’ contra a droga, à qual atribuiu 7.000 mortes.
A organização não governamental denunciou que, desde a investidura de Rodrigo Duterte a 30 de junho do ano passado, a “assassina” campanha antidroga tem “reduzido drasticamente o respeito pelos direitos básicos” nas Filipinas.
A HRW apontou que, segundo dados oficiais, entre as vítimas da campanha contra a droga figuram 3.116 supostos toxicodependentes e traficantes abatidos pelas forças de segurança depois de alegadamente terem oferecido resistência durante as operações.
O presidente filipino venceu as eleições com a promessa de acabar com o flagelo da droga e, desde então, deu ordens à polícia para disparar contra todos os que resistam a detenção e apelou, em várias ocasiões, aos cidadãos para matarem toda a gente que esteja envolvida com drogas.
Depois de Duterte ter assumido a presidência, as Filipinas aumentaram fortemente o orçamento nacional para financiar esta guerra contra a droga.