A Grécia anunciou esta quarta-feira o primeiro caso de contaminação de covid-19 no campo de refugiados de Moria, o principal do país, na ilha de Lesbos, onde permanecem mais de 13 mil pessoas em condições precárias.
"Um cidadão da Somália foi 'testado como positivo'", disse à France-Presse uma fonte do ministério grego das Migrações.
O doente tinha estado em Atenas e regressou recentemente à ilha de Lesbos, de acordo com a mesma fonte.
Em julho, um refugiado, originário do Iémen de 35 anos, foi detetado como contaminado com covid-19 no campo da ilha de Chios.
A Grécia anunciou hoje o prolongamento - até ao dia 15 de setembro - do período de confinamento imposto aos refugiados que se encontram nos campos.
No país encontram-se mais de 24 mil requerentes de asilo, que permanecem em instalações insalubres e lotadas.
Os principais campos de refugiados estão montados em cinco ilhas do Mar Egeu.
De acordo com as autoridades, os refugiados que chegam à Grécia são sujeitos a uma "quarentena" em "estruturas separadas" para que seja evitada a propagação de SARS CoV-2.
Segundo o balanço oficial, na Grécia morreram 271 pessoas vítimas de covid-19.
Até ao momento não se registou qualquer óbito por infeção do novo coronavírus nos campos de refugiados da Grécia.