A luta contra a imigração ilegal foi um dos pontos que marcou a XVI Conferência de Ministros do Mediterrâneo Ocidental (CIMO), que decorreu em Lisboa, e que integra Portugal, Espanha, Itália, França, Malta, Marrocos, Líbia, Argélia e Tunísia.
Em conferência de imprensa, a ministra da Administração Interna afirmou que cada país vai fazer um “mapeamento exaustivos das redes de tráfico de imigrantes quanto à sua proveniência, tipo de utilização a que se destinam ou fórmulas de combate”.
“Trata-se de conhecer, saber onde estão, onde estão a atuar e de que forma podemos agir contra essas redes, prevenindo-as e combatendo-as”, disse Anabela Rodrigues, acrescentando que os ministros decidiram também “partilhar informação, tecnologia e métodos policiais e operacionais” em matérias de controlo de vários tipos de fronteiras, fraude de documentos de identificação e de viagem e de viaturas e obras de arte furtadas.
Relativamente à prevenção e ao combate ao terrorismo, os ministros da CIMO decidiram “partilhar entre si informação sobre as respetivas Estratégias Nacionais de Contraterrorismo, para a identificação de linhas de ação comuns, tendo em atenção todas as formas de terrorismo e os tipos diferenciados de prevenção e combate”.
Na conferência foi adotada a “Declaração de Lisboa”, que pretende “contribuir para, em conjunto, enfrentar os desafios e ameaças que apelam a respostas mais versáteis e eficazes a questões estratégicas do interesse comum, como a prevenção e o combate ao terrorismo, a prevenção e a luta contra o crime organizado e todo o tipo de tráfico a ele associado, a circulação de pessoas, a luta contra a migração irregular e o tráfico de seres humanos, de órgãos, de células e de tecidos, a cooperação no domínio da proteção civil e da segurança rodoviária”.
A XVI Conferência de Ministros do Mediterrâneo Ocidental marcou o início da presidência portuguesa deste grupo de cooperação, relata a Lusa.