Espanha precisa de dois milhões de imigrantes - TVI

Espanha precisa de dois milhões de imigrantes

  • Portugal Diário
  • ASS
  • 3 abr 2008, 12:40
Imigração

Actuais 4,4 milhões não são suficientes para responder à oferta do mercado, diz estudo

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Espanha necessitaria de 157 mil novos imigrantes por ano até 2020, ou cerca de dois milhões nos próximos 12 anos, para responder às necessidades do mercado laboral, segundo um estudo que reconhece estas carências apesar da desaceleração económica, noticia a Lusa.

O estudo considera que os actuais 4,4 milhões de estrangeiros a viver em Espanha não são suficientes, a médio prazo, laboral, perante uma tendência de redução da força laboral espanhola.

A análise é da Fundação Empresa e Sociedade que considera vital «acabar com as mensagens catastrofistas» do suposto impacto negativo da imigração na sociedade espanhola, uma questão que ressurgiu no debate político em Espanha devido à desaceleração económica actual.

O estudo sustenta que a imigração deve ser vista como um «fenómeno transcendental» para a economia espanhola, já que «50 por cento do crescimento do PIB nos últimos cinco anos» se deve a este processo.

Francisco Abad, director da Fundação Empresa e Sociedade, que desde 1985 se dedica a promover a integração de pessoas desfavorecidas nas empresas, recordou que já em 2005 os imigrantes ocuparam mais de 50 por cento dos novos empregos.

O economista Josep Oliver, outro colaborador do estudo, recorda que os imigrantes são um facto imprescindível para a economia espanhola, contribuindo para a segurança social e recebendo pouco em pensões e educação.

Um facto a contabilizar neste debate é o número de ilegais em Espanha, que Puyol estima possam ser de 600 mil o que, somando aos legais, demonstra o impacto deste grupo numa força laboral de cerca de 20 milhões de pessoas.

Oliver recorda que nas principais comunidades autónomas os imigrantes representam entre 20 e 30 por cento da força laboral, duas ou três vezes mais do que representam em termos populacionais.

Todos os responsáveis pelo estudo sustentam que é importante que se desenvolva um «discurso construtivo» e «mensagens positivas» sobre o tema, reconhecendo a contribuição económica dos imigrantes.
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