Detido proprietário de hotel na China em que morreram 19 pessoas num incêndio - TVI

Detido proprietário de hotel na China em que morreram 19 pessoas num incêndio

  • JFP
  • 26 ago 2018, 15:17
Incêndio em hotel na China

Autoridades chinesas continuam a investigar as causas do fogo

A polícia deteve o proprietário do hotel onde um incêndio causou, no sábado, a morte de 19 pessoas na cidade chinesa de Harbin, no noroeste do país, anunciou hoje a agência estatal Xinhua.

As autoridades chinesas continuam a investigar as causas do fogo, que começou pelas 04:36 (20:36 TMG) no hotel Beilong Hotspring Leisure, onde cerca de cem bombeiros trabalharam durante mais de três horas para extinguir o fogo.

Apesar de, num primeiro momento, se noticiarem 18 mortes, um dos feridos morreu no hospital, onde estavam a ser assistidas outras 23 pessoas, segundo as autoridades locais.

A polícia, que abriu uma investigação para esclarecer o sucedido, deteve até ao momento o proprietário do hotel, por alegada responsabilidade no incêndio.

Em imagens difundidas pela televisão estatal chinesa CCTV, pode ver-se que vários andares do complexo hoteleiro ficaram totalmente calcinados, afetando uma área de cerca de 400 metros quadrados.

As equipas de emergência conseguiram resgatar vinte pessoas que ficaram presas no hotel e retiraram outras 80 que se encontravam no edifício no momento do incêndio.

Harbin, capital da província de Heilongjiang, a mais a norte do país, na fronteira com a Rússia, é conhecida por albergar no inverno o Festival de Gelo e Neve, o maior recinto deste tipo no mundo.

A cidade recebe a cada inverno mais de um milhão de turistas, na maioria chineses, atraídos pelas colossais estátuas de água congelada e neve com forma de templos, pagodes, palácios e budas.

As medidas de segurança anti-incêndio dos imóveis do país foram postas em causa em muitas ocasiões, especialmente após a morte de 19 pessoas, entre as quais oito crianças, num incêndio num edifício de vivendas no sul de Pequim, ocorrido em dezembro.

As autoridades lançaram então uma campanha de 40 dias para examinar as medidas anti-incêndio dos imóveis da capital e subúrbios, que acabou por resultar no desalojamento massivo de milhares de pessoas dos seus lares, na maioria trabalhadores migrantes.

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