Primeira-ministra da Escócia diz que país está pronto para ser independente - TVI

Primeira-ministra da Escócia diz que país está pronto para ser independente

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  • 28 nov 2020, 22:41
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, depois de ter votado no referendo britânico [Foto: Reuters]

Congresso do partido da líder do governo fica marcado por palavras fortes

A primeira-ministra da Escócia e líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) afirmou este sábado, durante a abertura do congresso anual do partido, que “a Escócia está preparada para tomar o seu lugar na família dos países independentes”.

Nicola Sturgeon abriu os trabalhos do congresso, este ano realizado virtualmente devido à covid-19 e dedicado à questão “quem deve ter a escolha do futuro da Escócia?”.

As afirmações de Nicola Sturgeon vão no mesmo sentido das que proferiu recentemente à BBC, nas quais não excluiu que a consulta sobre a independência fosse “no início da nova legislatura, em maio de 2021”.

O SNP realiza esta 86.ª conferência anual apoiado pelas sondagens para as próximas eleições regionais, que se realizam em 06 de maio do próximo ano e que Nicola Sturgeon considera que são “as eleições mais importantes na democracia escocesa”.

Desde maio, de acordo com várias sondagens, a opção “sim” domina a sociedade escocesa, atingindo um recorde histórico de 58% da população a favor, segundo o IPSO Mori em outubro.

No referendo sobre a independência, realizado em 2014, o “não” venceu, com 55,3% dos votos, contra 44,7% do “sim”.

Não existe, contudo, um “plano b” para evitar o veto que o Reino Unido submeteu à questão da independência.

A conferência poderia ter sido mais interessante, mas as moções que foram apresentadas para discussão foram rejeitadas pela liderança do partido”, disse Angus MacNeil, deputado pelas Hébridas em Westminster, criticando a ausência de um debate interno sobre as políticas para a realização do novo referendo.

O Comité Executivo Nacional recusou-se a acolher neste congresso a discussão sobre como lidar com um possível “não” de Londres, alegando a logística virtual em que se realiza. Em vez disso, haverá uma Assembleia Nacional, convocada pelo vice-presidente do partido, Keith Brown, no próximo dia 21 de janeiro.

O executivo de Boris Johnson recusou duas vezes este ano a realização de um novo referendo, primeiro no início de 2020, quando Sturgeon solicitou a transferência de poderes da secção 30 do Tratado da Escócia de 1998, e depois quando o secretário de Estado para a Escócia, Alister Jack, disse numa entrevista à BBC que não aconteceria “durante os próximos 25 ou 40 anos”.

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