Greta Thunberg acredita que esteve infetada com Covid-19 e, por isso, "nas últimas duas semanas esteve de quarentena", numa casa que não a sua, longe da mãe e da irmã, mas na companhia do pai, com quem andou em viagem pela Europa.
Quando regressei da viagem pela Europa Central, isolei-me (num apartamento emprestado, longe da minha mãe e da minha irmã), uma vez que o número de casos de Covid-19 (na Alemanha, por exemplo) eram semelhantes aos de Itália no início. Há cerca de dez dias comecei a sentir alguns sintomas, exatamente ao mesmo tempo que o meu pai, que viajou comigo desde Bruxelas. Sentia-me cansada, tinha arrepios, a garganta dorida e tossia. O meu pai tinha os mesmos sintomas, mas muito mais intensos e com febre", explicou a jovem ativista sueca, nesta terça-feira, na sua conta de Instagram.
Greta explicou que na Suécia apenas são testadas as pessoas que "necessitam de cuidados médicos urgentes".
Todos os que se sentem doentes devem ficar em casa, isolados", contou.
A jovem sueca sublinha, por isso, que não foi testada e que não pode confirmar que esteve infetada, apesar de acreditar "que é extremamente provável, atendendo à combinação de sintomas e circunstâncias".
Greta contou mesmo que "praticamente não se sentiu doente" e que a sua "última gripe foi muito pior", o que a leva a deixar um alerta aos mais jovens, a quem pede também que sejam responsáveis.
Se não fosse o facto de estar com alguém com os mesmos sintomas ao mesmo tempo, provavelmente não pensaria que estava infetada. E é isto que torna tudo tão mais perigoso. Muitos (especialmente os mais jovens) podem não ter sintomas ou os sintomas serem tão leves que nem dão conta. Mas ao não saberem que têm o vírus podem passá-lo a outras pessoas Nós, que não pertencemos a um grupo de risco, temos uma enorme responsabilidade. As nossas ações podem ser a diferença entre a vida e a morte de muitos outros."
A terminar, a jovem ativista pede aos seus seguidores para que fiquem em casa e respeitem os conselhos das autoridades dos seus países.
O novo coronavírus já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 16.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.