Chefe da Premier League admite perdas até mil milhões de euros - TVI

Chefe da Premier League admite perdas até mil milhões de euros

Manchester City vence Premier League

Richard Masters escreveu carta ao DCMS da Câmara dos Comuns, referido que os «clubes vão tomar decisões» sobre recurso à licença do Governo «com base nas suas previsões»

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O chefe executivo da Premier League, Richard Masters, admitiu esta terça-feira que as perdas dos clubes do principal campeonato de Inglaterra podem ascender a mil milhões de euros devido à pandemia da covid-19.

Numa carta enviada ao presidente do Comité Digital, de Cultura, Media e Desporto (DCMS) da Câmara dos Comuns britânica, Julian Knight, Masters fala em perdas num «nível sem precedentes» e que podem ser ainda mais elevadas mediante a propagação do novo coronavírus no Reino Unido.

«Enfrentamos uma perda de um bilião de euros, pelo menos, se não conseguirmos completar a temporada 2019/2020. E mais perdas daqui em diante, se a seriedade da pandemia aprofundar e estender para o futuro», escreveu Masters, adiantando que se deve «basear os planos de completa recuperação com alguma distância».

O dirigente da Premier League notou também que «cada clube terá a sua própria posição» quanto ao esquema de licenças para trabalhadores, lançado pelo Governo britânico – o designado furloughing na lei trabalhista – que permite às empresas recorrer a fundos do erário público de forma temporária para evitar falências e despedimentos.

«O esquema de licença anunciado pelo Governo é destinado a toda a economia, incluindo muitas empresas que podem ser consideradas de entretenimento ou dependentes do talento de elite. Concordamos convosco que a restrição precisa de ser demonstrada por todos e os clubes estão a fazer exatamente isso. Os clubes vão precisar de tomar as suas próprias decisões baseados nas suas previsões», sublinhou Masters.

Do principal campeonato de Inglaterra, já quatro clubes fizeram inscrição para o esquema de licenças do Governo: o Tottenham, o Bournemouth, o Newcastle e o Norwich.

O furloughing, que pode ser comparado ao lay-off atualmente utilizado em Portugal, dita que o Governo britânico pague 80 por cento dos salários, até um máximo de 2 500 libras por mês. O esquema esta, para já, definido pelo menos por três meses e poderá, no futuro, ser prolongado. Contudo, uma importante diferença para o lay-off português é que esta licença garante, posteriormente, a manutenção dos postos de trabalho.

Na segunda-feira, por exemplo, o Liverpool recuou na decisão de recorrer ao furloughing, após várias críticas recebidas, em alusão a um alegado aproveitamento de dinheiro do erário público por parte do clube de Anfield.

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