Falha no sistema de saúde encurtou vida a mulheres inglesas - TVI

Falha no sistema de saúde encurtou vida a mulheres inglesas

  • 2 mai 2018, 19:04
Exame mamário (arquivo)

Há quase dez anos que 450 mil mulheres não são avisadas para fazerem os regulares rastreios do cancro da mama. Ministro da Saúde pediu desculpas no parlamento britânico

Jeremy Hunt, ministro da Saúde britânico, assumiu esta quarta-feira no parlamento haver mulheres que terão morrido prematuramente por não terem realizado os últimos exames de rotina ao cancro da mama, devido a uma falha do sistema de saúde.

A estimativa de Hunt e da secretaria britânica de Saúde é de que entre 135 a 270 mulheres terão morrido prematuramente - num universo de 450 mil, entre os 68 e os 71 anos - por não terem sido avisadas para a realização de exames mamários.

A falha detetada terá minado o sistema de convocatórias desde 2009. Nas estimativas dos responsáveis britânicos, 309 mil mulheres das 450 mil abrangidas estarão ainda vivas, com idades próximas dos 70 anos.

Para elas e para os outros, é incrivelmente perturbador saber que não receberam um aviso para serem examinadas na altura certa. è totalmente devastador saber que alguém pode ter perdido ou estar prestes a perder um ente querido por causa de uma incompetência administrativa", afirmou Hunt no parlamento.

Na base da falha, segundo o ministro, terá estado um algoritmo da aplicação informática que processa as convocatórias das mulheres britânicas para exames mamários nos serviços públicos de saúde.

Em Inglaterra, um rastreio do cancro da mama é proposto em cada três anos às mulheres entre os 50 e os 70 anos.

Para tentar corrigir a falha detetada, Jeremy Hunt prometeu no parlamento que todas as mulheres afetadas serão contatadas por carta até o final deste mês de maio e as que tenham menos de 72 anos receberão uma marcação para uma consulta de mamografia.

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