Era inevitável começar por aqui. O fim de uma era no Chelsea. O capitão John Terry revelou, no final da goleada da Taça de Inglaterra ao MK Dons, que vai deixar o seu clube de sempre no final da época. «Não vai ser um conto de fadas, não vou encerrar aqui a minha carreira», afirmou, dando a entender que a decisão não partiu da sua parte. Com 35 anos feitos em dezembro, Terry garantiu apenas uma coisa: pretende continuar a jogar e não será em Inglaterra. O mais provável, começa a adivinhar-se, é uma mudança para os campeonatos periféricos emergentes, como os Estados Unidos, Médio Oriente ou China.
Para trás fica toda uma carreira ligada umbilicalmente a Stamford Bridge, o estádio que foi sempre seu durante quase toda a vida desportiva: apenas na temporada 1999/00 teve uma breve passagem pelo Nottingham Forrest, por empréstimo.
A partir do ano seguinte fixou-se no Chelsea e tornou-se uma referência absoluta do clube. Foi quatro vezes campeão inglês, venceu a Liga dos Campeões, Liga Europa e Supertaça Europeia. Foi uma das principais figuras da equipa que José Mourinho ajudou a transformar num colosso do futebol inglês e europeu, ao lado de Frank Lampard, por exemplo, outro que não pôde encerrar a carreira com a camisola dos «blues».
Com o sucesso, Terry misturou também as polémicas, sobretudo os casos de suposto racismo para com Anton Ferdinand, e o da relação com a esposa de Wayne Bridge, seu colega de seleção, que lhe valeu a retirada da braçadeira de capitão e acabou na demissão de Fabio Capello, o selecionador da altura.
Para a história ficou o reencontro, num duelo com o Manchester City, em que Bridge deixou Terry de mão estendida.
Apesar de tudo, o adeus a Terry significa, também, a despedida de uma lenda contemporânea do futebol. Fez 696 jogos e 66 golos pelo Chelsea e ainda 78 jogos e 6 golos pela seleção inglesa, com a qual participou nos Mundiais de 2006 e 2010 e nos Euros 2004 e 2012
-Luis Suárez
De Inglaterra, viajamos para Espanha para destacar o homem que decidiu o jogo grande da jornada e deu ao Barcelona uma importante vantagem na luta pelo campeonato. Luis Suárez, pois claro.
Barcelona e Atlético Madrid entraram em campo igualadas na tabela, mas os catalães têm um jogo a menos, em virtude da participação no último Mundial de Clubes. No final, três pontos à maior para a equipa de Luis Enrique e possibilidade de aumentar para seis.
Tudo isto num jogo em que o Atlético até se adiantou cedo, por Koke, mas que, antes do intervalo, já estava inclinado para o outro lado da balança. Primeiro Messi, depois, então, Suárez com um remate por entre as pernas de Jan Oblak fez o golo que seria do triunfo.
O Barcelona nem precisou carregar muito no acelerador na segunda metade, porque o Atlético entrou em modo de autodestruição e com duas expulsões (Felipe Luís e Godín) ficou impossibilitado de discutir o resultado. Vai lançado o Barça para mais uma conquista…
-Antonio Sanabria
Mais um jogo, mais uma desilusão em Valência. A culpa, desta feita, foi de um penalti de Antonio Sanabria que foi suficiente para dar a vitória ao Sp. Gijón e confirmar a crise da equipa de Gary Neville: ainda não venceu na Liga desde que o inglês pegou nela. Já são 11 jornadas seguidas sem saber o que é ganhar. A última vitória aconteceu a 7 de novembro, em Vigo, frente ao Celta, com uma goleada de 5-1, era ainda Nuno Espírito Santo o treinador.
No Mestalla já são sete as derrotas e esta, então, foi consumada por Sanabria e valeu três importantes pontos para o Sp. Gijón que deu um salto para fora da zona de despromoção, com os mesmos 21 pontos do Las Palmas mas menos um jogo. Problema? O duelo que falta é com…o Barcelona.
-Victor Valdés
Ainda com toque espanhol, mas na Liga belga, a figura da ronda foi Victor Valdés. O antigo guarda-redes do Barcelona estreou-se este fim de semana no Standard Liège, a sua nova equipa, e ajudou à vitória por 0-2 no terreno do Leuven. Baliza segura na estreia. Que mais poderia pedir?
É um novo começo para o guardião de 34 anos que está praticamente sem jogar desde 2014, quando deixou o Barcelona, por iniciativa própria. Ia para o Mónaco, mas a mudança falhou, mesmo que um pré-acordo já estivesse assinado. O emblema francês, orientado por Leonardo Jardim, duvidou da condição física de Valdés. Assinou pelo Manchester United mas lesões e opções fizeram com que, em época e meia, apenas tenha conseguido vestir duas vezes a camisola da equipa principal.
A mudança para a Bélgica surpreendeu mas começou bem. Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos.
-El Shaarawy
E por falar em estreias, o que dizer do regresso a Itália de El Shaarawy? A época em França, ao serviço do Mónaco, onde estava por empréstimo do Milan, não corria como desejava (23 jogos e 3 golos) e a solução passou por voltar à pátria. Novo empréstimo, desta vez à Roma e um golaço na estreia a mostrar que os ares italianos são mesmo os que lhe aguçam o talento.
A equipa de Luciano Spaletti venceu o Frosinone por 3-1 e o golo de El Shaaray fez, na altura, o 2-1, depois de os visitantes terem anulado o tento inaugural de Nainggolan. Um golo de calcanhar, após centro, ao melhor estilo de Zlatan Ibrahimovic.
Stephan El Shaarawy channeled his inner Zlatan on his Roma debut last night... pic.twitter.com/7vdNd2e0IY
— Coral (@Coral) 31 janeiro 2016
Robert Lewandowski
São 19 golos na Bundesliga, quatro nos últimos dois jogos. Robert Lewansowski voltou com a corda toda da pausa de inverno no campeonato alemão e bisou nos dois jogos de 2016. Este domingo, em jogo com o Hoffenheim, foi Lewandowski de início a fim. Um golo em cada parte, vitória tranquila e liderança segura, com os mesmos oito pontos de vantagem para o Borussia Dortmund.
Quanto a Lewandowski, além dos 19 golos em outros tantos jogos da Bundesliga, já soma 27 em 29 jogos esta época. Uma máquina de fazer golos, em suma.
-Cristiano Ronaldo
Confirmando a tendência recente de marcar mais de um golo sempre que faz o gosto ao pé, Cristiano Ronaldo fez mais três na goleada do Real Madrid ao Espanhol, por 6-0. Nos últimos cinco jogos em que marcou, nunca se ficou por apenas um golo. Primeiro um póquer, depois três bis consecutivos e agora um Hat-trick. Assim aumentar para 19 os seus golos na Liga, os mesmos de Luis Suárez, numa disputa que promete pelo título de melhor marcador e, quem sabe, pela Bota de Ouro.
O primeiro golo de Ronaldo, numa vitória tranquila da equipa de Zidane, foi conseguido na marcação de uma grande penalidade, ao passo que o segundo foi o melhor do jogo. Um golaço, com um remate de pé esquerdo, após trabalho individual.
Cristiano #Ronaldo 🚀🔥⚡️ (RMA 4-0 ESP)#LaTarjetaRoja pic.twitter.com/S5Jf79E1CK
— La Tarjeta Roja (@La_TarjetaRoja) 31 janeiro 2016
Após assistência de Jesé fez o seu terceiro e o oitavo ao Espanhol na Liga…deste ano! Quem se lembra dos cinco de Ronaldo na primeira volta?