Robert Duboise, um norte-americano de 55 anos, passou 37 anos preso, condenado a prisão perpétua por violação e homicídio. No final de agosto foi libertado: exames de ADN provaram que estava na prisão por crimes que não cometeu.
Só na segunda-feira, 14 de setembro, teve lugar a audiência final em que DuBoise foi ilibado perante a justiça dos Estados Unidos. "Este tribunal falhou-lhe durante 37 anos," admitiu o juiz Christopher Nash, falando ao norte-americano.
Nesta audiência, ficou provado que DuBoise fora condenado tendo por base um testemunho de um informador que não era de confiança e uma análise errada de marcas de dentadas no rosto da vítima.
Robert DuBoise tinha sido condenado pelo homicídio de Barbara Grams, de 19 anos, em 1983. A jovem foi violada e agredida até à morte quando caminhava para casa depois do trabalho num centro comercial de Tampa, na Florida. O suspeito, que tinha então 18 anos, foi condenado à morte, tendo a pena sido comutada depois para prisão perpétua. Passou anos no corredor da morte e na solitária.
DuBoise acabou inocentado graças a uma cooperação entre os procuradores e o Innocence Project, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para libertar reclusos condenados erroneamente.
Segundo uma analista de ADN, duas pessoas estiveram envolvidas na violação e morte de Barbara Grams, mas nenhuma das duas foi Robert DuBoise. O caso da jovem morta em Tampa permanece sem resolução.