Selfies em Chernobyl estão a gerar polémica - TVI

Selfies em Chernobyl estão a gerar polémica

  • SL
  • 13 jun 2019, 19:16

Local do maior desastre nuclear de sempre atrai milhares de pessoas por ano, incluindo vários “influenciadores” e “instagrammers”, e algumas fotografias captadas na zona de exclusão são vistas como inapropriadas

Chernobyl está a tornar-se num local cada vez mais turístico, atraindo milhares de pessoas por ano, incluindo vários “influenciadores” e “instagrammers”. Mas, para além dos “likes”, as fotografias que têm chegado às redes sociais estão a gerar uma onda de críticas.

Isto porque muitos dos visitantes tiram “selfies” no local, a sorrir e em poses consideradas inapropriadas (e houve até uma mulher que foi fotografada em Chernobyl seminua), uma vez que foi palco do maior desastre nuclear da história da humanidade.

Muitos foram os utilizadores que expressaram descontentamento com algumas das fotografias captadas na zona de exclusão.

As pessoas fazem qualquer coisa pelos gostos, mesmo arriscar contrair cancro”, disse @sef, no Twitter.

 

 

 

 

 

Mais de 30 anos depois do desastre, é possível visitar a usina nuclear onde se deu a explosão radioativa, a cidade-fantasma de Pripyat e grande parte da zona de exclusão, que se estende entre a Ucrânia e a Bielorrússia, com uma área total duas vezes superior à de Londres. Estas visitas são organizadas por várias companhias turísticas locais.

A popularidade aumentou ainda mais recentemente, depois de uma série da HBO debruçar-se sobre o desastre. E o próprio realizador deixou uma mensagem no Twitter, pedindo para que os visitantes tenham em atenção que “uma terrível tragédia aconteceu nesse local”.

Comportem-se com respeito por todos os que sofreram e foram sacrificados”, acrescentou.

Ainda hoje, Chernobyl, que foi visitado por cerca de 60 mil pessoas no ano passado, de acordo com a BBC, apresenta níveis de radiação perigosos para a saúde humana.

Os especialistas não conseguem detalhar o número de mortes ligadas à explosão radioativa de 1986. Apenas 50 pessoas morreram por exposição direta à radiação, mas estima-se que pelo menos 9 mil tenham perdido a vida por causa das consequências indiretas do desastre. A Greenpeace aponta que o número possa rondar os 93 mil.

Os cientistas garantem, no entanto, que pelo menos 5 mil casos de cancro da tiroide foram causados pela contaminação radioativa.

Continue a ler esta notícia