Coreia do Norte realizou terceiro teste nuclear - TVI

Coreia do Norte realizou terceiro teste nuclear

Condenação internacional já começou

Notícia atualizada às 11:52

A Coreia do Norte confirmou esta terça-feira a realização «com sucesso» de um terceiro teste nuclear, uma revelação já condenada por vários países e pelo secretário-geral das Nações Unidas.

O Conselho de Segurança da ONU reúne-se esta terça-feira de emergência às 09:00 de Nova Iorque (14:00 em Lisboa) para consultas sobre o ensaio nuclear.

O ensaio nuclear da Coreia do Norte foi primeiro uma suspeita, depois de vários observatórios sismológicos terem detetado um tremor de terra de características pouco comuns por a profundidade do abalo se ter dado a menos de um quilómetro.

Poucas horas depois, Pyongyang confirmava através da sua agência noticiosa, a KCNA, a realização do teste. «Um terceiro teste nuclear foi realizado com sucesso», revelou.

De acordo com a Coreia do Sul, a força da explosão foi de entre 6 e 7 quilotoneladas, uma força que peritos de Seul dizem ser cerca de metade da força da força da bomba que os Estados Unidos lançaram sobre a cidade japonesa de Hiroshima há seis décadas.

Pyongyang garante que o teste foi desencadeado como «parte das medidas de proteção da segurança nacional e soberania contra a hostilidade imprudente dos Estados Unidos», que acusam de violar o seu «direito de lançar satélites de utilização pacífica».

A Coreia do Norte viu as Nações Unidas aumentarem as sanções ao país depois de em dezembro ter efetuado um lançamento de um satélite com um foguete de longo alcance, um ensaio que Estados Unidos e a Coreia do Sul garantem ter sido um teste simulado para mísseis nucleares.

O governo da Coreia do Sul confirmou também ter informações de que Pyongyang terá informado a China - seu principal aliado - e os Estados Unidos da realização do teste, muito embora não tenha revelado nem data nem hora para o ensaio.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou o teste nuclear da Coreia do Norte, que considera «profundamente desestabilizador», revelou esta terça-feira o seu porta-voz.

«Esta é uma violação clara e grave das resoluções do Conselho de Segurança», disse o porta-voz Martin Nesirky.

O presidente norte-americano, Barack Obama, disse que o «provocatório» teste feito pela Coreia do Norte não torna o país mais seguro e apelou a uma «rápida» e «credível» ação internacional como resposta.

Obama prometeu também que Washington vai permanecer vigilante face ao teste nuclear subterrâneo e firme no seu compromisso de defesa dos seus aliados na Ásia.

A União Europeia (UE) condenou o teste nuclear, denunciando tratar-se de um «desafio ainda mais flagrante» ao regime de não-proliferação.

«A UE condena nos termos mais fortes possíveis o último teste nuclear» realizado pela Coreia do Norte, que é um «desafio flagrante ao regime global de não-proliferação e uma flagrante violação das obrigações internacionais» de Pyongyang, disse em comunicado a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) considerou «profundamente lamentável» o teste nuclear efetuado pela Coreia do Norte e afirmou tratar-se de uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

A NATO condenou o teste nuclear, considerando-o um ato irresponsável e um desafio ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e à comunidade internacional.

«Condenamos fortemente o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, uma flagrante violação resolução do Conselho de Segurança da ONU», informou a NATO, em comunicado.

«Este ato irresponsável, o mesmo que o teste de um míssil em dezembro, é uma grande ameaça à paz, à segurança e à estabilidade internacional», acrescentou.
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