Estudantes raptados: Obama condena «assassínio tresloucado» - TVI

Estudantes raptados: Obama condena «assassínio tresloucado»

Jovens raptados encontrados mortos (REUTERS)

Portugal também condena «crime bárbaro» depois de terem sido encontrados os corpos dos jovens israelitas sequestrados

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou esta terça-feira à noite o «assassínio tresloucado» de três jovens israelitas, cujos corpos foram encontrados na segunda-feira na Cisjordânia.

«Os Estados Unidos condenam este ato terrorista tresloucado cometido contra jovens inocentes», declarou o presidente num comunicado.

Obama apresentou «profundas e sinceras condolências» às famílias de Eyal Yifrach, Gilad Shaer e Naftali Frankel, detentor de dupla nacionalidade israelo-norte-americana.

Eyal, de 19 anos, de Gilad, e de Naftali, ambos de 16, desapareceram em meados de junho e os pais fizeram apelos públicos.

Os três voltavam da escola religiosa e aparentemente apanharam uma boleia. Um deles ainda conseguiu ligar para o número de emergência e dizer «fomos raptados».

Os corpos acabaram por ser encontrados segundo o porta-voz do exército israelita perto da cidade de Hebron, perto do local em que tinham desaparecido, demasiado longe para que lhes conseguissem salvar a vida, apesar da mãe de Naftali, se ter mostrado sempre esperançosa.

O Governo português também lamentou esta terça-feira a morte dos três jovens israelitas sequestrados a 12 de junho no sul da Cisjordânia e apresentou condolências e solidariedade às famílias das vítimas e às autoridades israelitas.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) condenou, em nome do Governo português, o «crime bárbaro» e expressou as condolências às famílias das vítimas e às autoridades israelitas.

Os corpos dos estudantes israelitas foram encontrados segunda-feira durante buscas efetuadas numa zona situada a noroeste da cidade palestiniana de Hébron, a norte do colonato de Telem, no sul da Cisjordânia, de acordo com um comunicado do Exército israelita.

Um largo contingente de forças israelitas foi destacado segunda-feira à noite na região da localidade palestiniana de Halul, onde se concentravam as operações de busca desde o desaparecimento dos três estudantes de escolas religiosas, a 12 de junho passado.

Em comunicado, o MNE português salienta que o «Governo condena este crime bárbaro, expressa as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas e às autoridades israelitas e manifesta a sua solidariedade para com o povo de Israel».

«Os responsáveis por este ato cruel deverão ser levados perante a Justiça», lê-se no comunicado.

O Governo português apelou também à contenção, para «evitar uma escalada de violência» e agravar a situação das populações civis israelita e palestiniana, «duramente afetadas pelo arrastamento do conflito».

Também a Comunidade Israelita de Lisboa condenou a morte dos três adolescentes raptados na Cisjordânia, apresentando condolências e «profunda solidariedade às famílias enlutadas e a todo o povo de Israel».

«Trata-se de um crime hediondo perpetrado por terroristas sobre jovens inocentes que deve ser denunciado e condenado energicamente pela comunidade internacional. A passividade e a complacência terão apenas como resultado o crescimento imparável da mesma cultura de ódio que acaba de vitimar os três adolescentes», realçou a Comunidade em comunicado enviado à agência Lusa.

Na passada semana, Israel divulgou as identidades dos dois principais suspeitos do rapto, que pertencem ao movimento Hamas, segundo as autoridades israelitas, mas um porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, território governado por aquele movimento radical palestiniano, rejeitou as acusações israelitas.

A Organização de Libertação da Palestina (OLP), dirigida por Mahmoud Abbas, assinou a 23 de abril passado um acordo de reconciliação com o Hamas, que resultou, a 02 de junho, na formação de um Governo de consenso composto por personalidades independentes.
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