Juiz poupa milionário acusado de violar filha de três anos - TVI

Juiz poupa milionário acusado de violar filha de três anos

Justiça (arquivo)

Magistrado condena Robert H. Richards IV a liberdade condicional por não achar que o réu «se desse bem» na prisão.

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Um milionário norte-americano, acusado de violar a filha de três anos, foi poupado à prisão. Um juiz do estado de Delaware condenou o herdeiro da fortuna du Pont, Robert H. Richards IV, a ficar em liberdade condicional, por não achar que o herdeiro «se desse bem» na prisão.

Em 2009, o juiz do Tribunal Superior de Delaware, Jan Jurden, condenou Robert H. Richards IV a oito anos de prisão, mas optou por suspender a sentença, em vez de liberdade condicional. Richards também foi condenado a participar num programa de tratamento em Massachusetts «para criminosos sexuais» e ficou proibido de ter contacto com crianças de 16 anos e mais novas.

«[O] réu não se sairá bem no Nível 5 [prisão]», escreveu o juiz Jan Jarden na sentença, refere o Delaware Online. O mesmo jornal observa que Richards, não sofre de qualquer doença física ou deficiência.

Robert Richards declarou-se culpado de violação em 2008, o que acarreta uma pena máxima de 15 anos. A acusação foi lançada publicamente pela primeira vez no início de março, depois de a ex-mulher de Richards ter entrado com uma ação em tribunal, acusando-o de violar também o filho mais novo de ambos.

Richards admitiu a culpa durante um teste de polígrafo, em que disse ao examinador que «estava muito preocupado com algo que aconteceu ao filho, mas que ele tem reprimido as memórias». Depois do teste, dois oficiais de liberdade condicional alertaram o Tribunal Superior para «a possibilidade de contacto sexual», conforme a ação judicial.

Robert Richards, que está desempregado, é o bisneto do patriarca da família du Pont, Irenee du Pont, e o pai é sócio aposentado do proeminente escritório de advogados Richards, Layton & Finger.

«As leis de proteção à criança existem para proteger as crianças, e os adultos que, conscientemente prejudiquem as crianças, devem ser punidos», afirmou Kendall Marlowe, diretor-executivo da Associação Nacional «Counsel for Children». «As nossas prisões deveriam ser mais espaços de reabilitação, mas as inadequações do sistema prisional não são justificação para deixar em liberdade um molestador de crianças», criticou.
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