Kim Jong-il tinha um exército de escravas - TVI

Kim Jong-il tinha um exército de escravas

Os segredos e excentricidades do pai do líder da Coreia do Norte agora revelados por um antigo assistente pessoal que fugiu para o Japão

Há um conjunto de excentricidades e segredos do antigo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-in, que são agora, depois da sua morte, reveladas por um ex-assistente social que não revela o nome e que vive no Japão.

Sob o pseudónimo de Fujimoto, o homem que durante anos foi a «sombra» do líder da Coreia do Norte, conta que corria o mundo para levar o melhor e o mais desejado a Kim Jong-un, quer se tratasse do melhor pescado, que ia buscar ao Japão, ou de um Big Mac trazido da China.

Mas há outros detalhes extraordinários: este secretário particular do chefe norte-coreano comprou 700 mil euros em conhaque. Excessos comprados com dinheiro de tráfico de armas e drogas. As grandes festas e bebedeiras eram uma constante. Nelas, Kim Jong-in divertia-se a cortar o cabelo e a rapar os testículos dos convidados.

O destaque vai, no entanto, para a o exército de escravas sexuais de Jim Jong-in. Raparigas de 16 anos «recrutadas» para sexo e massagens.

Quando Fujimoto se apercebeu onde estava metido, já era tarde e não foi fácil fugir.

Fujimoto foi durante cinco anos, o cozinheiro de Kim Jong-il, mas sem se aperceber desta dimensão. O japonês que resolveu em 1983 mudar-se para a Coreia do Norte, era requisitado pelo líder para cozinhar e chegou a fazer-lhe companhia a ver filmes de ação com Schwarzenegger de que o líder tanto gostava, conta o «El Mundo».

Um dia, depois de ter regressado ao Japão para abrir um restaurante por conta própria, recebeu uma visita de homens da confiança de Kim Jong-in, que lhe acenaram com uma bela maquia de dólares e um convite do líder para ser secretário particular.

Aceitou sem saber no que se metia. Durante uma década viveu sob a guilhotina do medo, com receio de Kim Jong-in acabar a frase que lhe repetia tantas vezes: «Se me trais¿». E ele sabia do que o líder da Coreia do Norte era capaz, ou não se tivesse encarregado da morte do ministro da agricultura. E Fujimoto viu a morte de perto. Detido durante 18 meses para interrogatório, em 1994, numa viagem ao Japão para comprar peixe, viu o seu «querido líder» encomendar a sua morte a um assassino profissional. Não morreu, mas voltou para a Coreia do Norte. A partir daí, o seu único objetivo era fugir. Consegui-o.

Quando o homem que criou o instituto da longevidade morreu, recebeu um convite do filho, Kim Jong-un, com quem tinha privado e sido responsável por parte da educação, para assistir ao funeral. Fujimoto foi e Kim Jong-un recebeu-o com a frase: «O regresso do traidor». Desta vez é que diz que nunca mais volta à Coreia do Norte.
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