Nuclear: divisão entre ocidentais impediu acordo, diz Irão - TVI

Nuclear: divisão entre ocidentais impediu acordo, diz Irão

EUA e Irão (Reuters)

Ministro Mohamed Zarif reage a declarações do secretário de Estado do EUA sobre negociações em Genebra

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O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros culpou, esta terça-feira, as potências ocidentais pela falta de um acordo nas negociações de sábado, em Genebra, sobre o polémico programa nuclear do Irão.

Mohammad Javad Zarif respondia assim às declarações proferidas pelo secretário norte-americano de Estado, John Kerry, na segunda-feira, em Abu Dhabi. Zarif sublinhou que culpar o Irão apenas prejudica a confiança entre as partes nas negociações, que estão previstas para continuar no dia 20 de novembro, noticia a Reuters.

De acordo com diplomatas citados pela Reuters, Estados Unidos, União Europeia e Irão trabalharam de forma intensa, durante meses, em propostas para ultrapassar o impasse de 10 anos em torno do programa nuclear iraniano. Ainda assim, as negociações entre Teerão e seis potências mundiais, no sábado, em Genebra, não resultaram num acordo.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, afirmou que a França não aceitará um acordo «fraco» com o Irão. Num primeiro momento, os diplomatas das outras potências ocidentais reagiram com irritação e acusaram a França de querer ofuscar os demais participantes e causar problemas desnecessários às conversações.

Na segunda-feira, John Kerry relativizou as divergências. O secretário de Estado norte-americano garantiu que as potências estavam «unidas», no sábado, quando apresentaram a proposta, mas «o Irão não aceitou uma coisa em particular».

Mohammad Javad Zarif nega que a culpa tenha sido do Irão.

«Sr. secretário, foi o Irão que destruiu mais da metade do projeto dos EUA de quinta-feira à noite? E se manifestou publicamente contra na sexta-feira de manhã?», perguntou o ministro iraniano no Twitter.

«Estamos comprometidos num empenho construtivo. Interação em pé de igualdade é a chave para alcançar objetivos comuns», acrescentou.







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