Papa e Arcebispo da Cantuária vão aprofundar relação - TVI

Papa e Arcebispo da Cantuária vão aprofundar relação

Papa Francisco (Reuters)

«Exprimimos o mesmo horror em relação ao flagelo do tráfico de seres humanos e de diversas formas de escravatura moderna»

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O Papa Francisco e o Arcebispo da Cantuária comprometeram-se esta segunda-feira a aprofundar a colaboração das duas igrejas contra o «grave crime contra a humanidade» do tráfico humano, uma luta prioritária cujo sucesso terá repercussões sobre a paz mundial.

Francisco e Justin Welby, líder de 80 milhões de anglicanos em todo o mundo, reuniram-se pela segunda vez, depois de um primeiro encontro em junho do ano passado no Vaticano.

«Exprimimos o mesmo horror em relação ao flagelo do tráfico de seres humanos e de diversas formas de escravatura moderna», declarou o Papa, que agradeceu ao arcebispo da Cantuária o seu ¿envolvimento contra tais crimes intoleráveis contra a dignidade humana».

Francisco destacou «as numerosas iniciativas de caridade», em particular a «rede de ação contra o tráfico de mulheres criada por muitos institutos religiosos femininos».

Justin Welby saudou a ação do papa argentino para que o cristianismo seja um «fator de reconciliação e promotor de paz».

«Muito tem sido feito», disse, saudando também o destaque que Francisco coloca sobre «o poder da oração» para a paz no Médio Oriente.

O líder anglicano felicitou ainda «a parceria e a amizade», em Londres, com o arcebispo de Westminster do novo cardeal Vincent Nichols, próximo do Papa Francisco.

Sobre o plano ecuménico, Welby destacou a boa escuta recíproca ao fim de 50 anos, apesar de algumas ¿diferenças profundas¿. Questões como a ordenação de mulheres ou o papel dos homossexuais na igreja opõem católicos e anglicanos.

O papa não se referiu a estes pontos de discórdia, sublinhando que «a plena unidade pode parecer distante, mas permanece um objetivo» entre a igreja católica e a anglicana.

Para Francisco, as divisões que separam as duas igrejas são «um escândalo».

«Sob o seu olhar misericordioso, não podemos esconder que a nossa divisão seja menos um escândalo e um obstáculo para que proclamemos o evangelho da salvação do mundo», como noticia a Lusa.
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