Satélite na Austrália pode ter indícios do avião malaio - TVI

Satélite na Austrália pode ter indícios do avião malaio

É o que refere o jornal malaio de língua inglesa «New Straits Times»

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A chave para resolver o mistério do desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines poderá estar num radar e em tecnologia via satélite na Austrália. Numa notícia, que não cita nenhuma fonte e mais parece um editorial, o jornal malaio de língua inglesa «New Straits Times», publica em manchete a fotografia de uma «enorme redoma no coração do território australiano» com o título «Poderão informações vitais estar aqui?».

O artigo diz que a equipa de investigação da Malásia está à espera para ter acesso à «imagem do radar grande» que é necessária para identificar os últimos movimentos do Boeing 777-200. A notícia menciona de forma específica o Jindalee Over-the-Horizon Radar ou OTHR, que abrange uma vasta área do norte da Austrália e mais além. O centro de localização por satélite, gerido pela Austrália e pelos EUA, perto de Alice Springs, também é referido como tendo informações que possam auxiliar na pesquisa.

O «New Straits Times» recorda que o ministro malaio da Defesa e dos Transportes, Hishammuddin Hussein, já pediu ajuda a 25 países para encontrar o avião desaparecido e reconheceu que a passagem de 14 para 25 países envolvidos coloca «novos desafios» de «coordenação e diplomacia». O ministro apontou que a Malásia coloca a busca pelo avião e pelos 239 passageiros e tripulantes acima de segurança nacional e espera que outros países façam o mesmo.

Dadas as novas informações sobre o percurso do aparelho depois de terem sido desligados os sistemas de comunicação e localização, dois novos corredores de buscas tornaram-se prioritários: a região da Ásia Central até ao Cazaquistão e a do sul do Índico à Indonésia. O ministro malaio dos Transportes sublinhou que ambos os corredores possíveis de voo estão a ser analisados com igual prioridade. Dada a extensão da região agora a ser escrutinada, o ministro pediu aos 25 países envolvidos que «avancem» com outras informações para ajudar a «estreitar a zona de buscas».

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A rede Jindalee de radares (JORN) consiste em dois radares OTHR, um perto de Longreach em Queensland e o outro perto Laverton na Austrália Ocidental, com capacidade de deteção, em todos os tipos de clima, de alvos aéreos e de superfície terrestre, num raio de até três mil quilómetros, que se estende de Geraldton no oeste até Cairns, no leste.

A JORN dá uma contribuição crucial para a ampla fiscalização das abordagens norte estrategicamente importantes da Austrália.

De acordo com o site News Corp Australia, um porta-voz da Defesa australiana recusou fazer comentários sobre a operacionalidade dos sistemas de vigilância, mas garantiu que qualquer informação relativa ao voo MH370 será comunicada às autoridades da Malásia.

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Seja como for, sabe-se que a JORN estava apontada para norte quando o voo MH370 desapareceu e, para que pudesse ter detetado o avião, a rede de radares teria de estar orientada para noroeste, que é de onde MH370 provinha, sublinha o News Corp Australia.
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