Ucrânia: Putin garante que não revê acordos se oposição chegar ao poder - TVI

Ucrânia: Putin garante que não revê acordos se oposição chegar ao poder

«Lágrimas de vento»

Países da Europa Central estão preocupados e vão reunir-se em cimeira extraordinária

Os países da Europa Central vão reunir-se em Budapeste para discutir a situação na Ucrânia, esta quarta-feira, anunciou a Reuters.

O encontro extraordinário dos primeiros-ministros da Eslováquia, República Checa, Hungria e Polónia tem lugar um dia depois do presidente ucraniano ter aceite o pedido de demissão do primeiro-ministro que põe fim a semanas de contestação e a uma lei anti-manifestação.

Vladimir Putin, em Bruxelas, não pôde escapar a falar sobre a situação política na Ucrânia e de uma possível viragem pró-Europa.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta terça-feira que a Rússia não irá rever os acordos económicos com a Ucrânia se a oposição chegar ao poder, mas insistiu na necessidade de recuperar o dinheiro emprestado.

Putin, que falava durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, no final da cimeira União Europeia-Rússia, afirmou que não tem «divergência política» com a Ucrânia, mas que é o «interesse comercial que domina».

Questionado sobre se Moscovo irá rever os seus acordos com a Ucrânia sobre empréstimos e energia, caso a oposição, pró-europeia, chegue ao poder, Putin respondeu: «Nós não o faremos».

«Mas o que é importante para nós é que a economia ucraniana tenha crédito», acrescentou.

Sublinhando que Moscovo ofereceu 15 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros) a Kiev, o Presidente russo referiu que a Rússia «quer ter a certeza de que irá recuperar o seu dinheiro».

Sobre o pedido da Ucrânia para ter mais tempo para pagar a sua dívida de gás, Putin considerou que tal seria «muito difícil de fazer», com cita a Lusa.

Os presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, defenderam o acordo de associação com a União Europeia que a Ucrânia recusou assinar em novembro do ano passado, sob pressão da Rússia.

Os responsáveis anunciaram que a UE e a Rússia decidiram realizar «consultas bilaterais» a especialistas para estudar as «consequências económicas» deste acordo.
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