Voo MH17: «Rússia continua a armar os separatistas» - TVI

Voo MH17: «Rússia continua a armar os separatistas»

A homenagem e a dor pela queda do voo MH17 (REUTERS)

Barack Obama e Mark Rutte defendem o aumento das sanções a Moscovo

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, lamentaram quinta-feira que, segundo «todas as provas», a Rússia continue a armar os rebeldes na Ucrânia e consideraram necessário impor mais sanções a Moscovo.

Obama referiu, na conversa telefónica que manteve com Rutte, as «comovedoras imagens» da chegada à Holanda dos primeiros restos mortais das vítimas do avião da Malaysia Airlines abatido no leste da Ucrânia e apresentou, outra vez, condolências ao líder holandês.

Entre os 298 passageiros e tripulantes do avião malaio, 193 eram holandeses.

Os dois líderes concordaram que, «em vez de reduzir a tensão, todas as provas indicam que a Rússia continua a armar e a prestar apoio aos separatistas envolvidos em ações de agressão letal contra as forças armadas ucranianas».

Por isso, disseram, «não se pode permitir que a Rússia desestabilize a situação na Ucrânia sem custos» adicionais.

«A comunidade internacional deverá aplicar sanções adicionais a Moscovo», coincidiram na opinião Obama e Rutte, sustenta um comunicado revelado pela Casa Branca a propósito da conversa telefónica entre os dois líderes.

Os Estados Unidos já disseram ter provas de que a Rússia efetua disparos a partir do seu território em apoio aos rebeldes pró-russos que ocupam parte do leste da Ucrânia e em seu apoio e que mantém entre 10.000 a 12.000 soldados prontos para o combate junto à fronteira entre os dois países.

Já os Serviços Secretos norte-americanos defendem a tese de que um míssil de origem soviética e do modelo BUK SA-11 foi o responsável pelo abate do avião da Malaysia Airlines que efetuava a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur e que a arma foi disparada pelos separatistas por engano pois julgaram tratar-se de um avião militar.

Os Estados Unidos e a Austrália manifestaram também na quinta-feira a sua «determinação» em pressionar o acesso «pleno, imediato e seguro» dos investigadores internacionais ao local onde se despenhou o avião.

Numa conversa telefónica com o primeiro-ministro australiano Tony Abbott, os dois mandatários concordaram ser «fundamental» que se realize uma investigação internacional «rápida, exaustiva, sem impedimentos e transparente» sobre o caso.

O Governo japonês anunciou esta sexta-feira que vai ampliar as suas sanções contra a Rússia depois do abate do avião da Malaysia Airlines.

As autoridades de Tóquio irão, contudo, esperar que Bruxelas anuncie novas sanções a Moscovo antes de especificar os detalhes da sua decisão e a data de entrada em vigor.

No entanto, porta-vozes do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, contactados pela Kyodo, sublinharam que as decisões de Tóquio poderão ser mais limitadas que as impostas pela Europa, de forma a não prejudicar as relações bilaterais quando os dois países discutem a disputa territorial sobre as ilhas Kuriles.

«Apesar desta situação, se se confirmar que o derrube do avião foi perpetrado por forças rebeldes pró-russas com recurso a armamento russo, então a aplicação de novas sanções de peso será inevitável», disseram as mesma fontes.
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