Cientista iraniano absolvido de espiar nos EUA regressa ao país - TVI

Cientista iraniano absolvido de espiar nos EUA regressa ao país

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  • 2 jun 2020, 08:36
Irão

Cyrous Asgari estava detido há vários anos sob acusação do roubo de segredos industriais

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano anunciou esta terça-feira que o cientista Cyrous Asgari, detido há vários anos nos Estados Unidos por alegado roubo de segredos industriais, e entretanto absolvido, já embarcou num voo de regresso ao país.

Boa notícia, um avião que transporta o Dr Cyrous Asgari descolou dos Estados Unidos", escreveu o chefe da diplomacia iraniana, Javad Zarif, na rede social Twitter.

Acusado de roubar segredos industriais durante uma visita académica ao estado do Ohio, Asgari foi absolvido em novembro, mas permanecia detido, aparentemente por razões relacionadas com as leis de imigração.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão disse em maio que Asgari tinha contraído o novo coronavírus durante a sua detenção.

O cientista disse em março ao jornal britânico The Guardian que a polícia norte-americana de imigração o mantinha num centro de detenção no estado do Louisiana, sem saneamento básico, e se recusava a deixá-lo regressar ao Irão, apesar da sua absolvição.

O Irão, que tem detidos pelo menos cinco norte-americanos, pediu recentemente uma troca abrangente de prisioneiros com os Estados Unidos, que mantém quinze iranianos em detenção, de acordo com uma lista compilada pela agência de notícias France-Presse (AFP) a partir de comunicados oficiais e informações à imprensa.

Recentemente, devido à pandemia de covid-19, os dois países pediram a libertação destes prisioneiros.

Várias prisões ou condenações de iranianos ocorreram nos Estados Unidos desde que o Presidente dos EUA, Donald Trump, em 2018, retirou o país do acordo nuclear iraniano concluído em 2015 e restabeleceu pesadas sanções contra Teerão.

O Irão é o país mais afetado no Médio Oriente pela pandemia, com mais de 150 mil infeções, incluindo quase oito mil mortos.

Os Estados Unidos são o país mais afetado do mundo, com mais de 1,8 milhões de casos, incluindo mais de 105 mil mortes.

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