Como resolver o conflito no Afeganistão? - TVI

Como resolver o conflito no Afeganistão?

Atentado no Afeganistão

Presidente afegão quer cooperação; Irão promete alguma ajuda; EUA dialogam com talibãs

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O presidente do Afeganistão pediu, esta terça-feira, a cooperação dos países-vizinhos como o Irão e o Paquistão na resolução do conflito no seu território, durante uma conferência da ONU em Haia, noticia o El País.

«Congratulo-me com o crescente reconhecimento que sem uma verdadeira cooperação dos vizinhos do Afeganistão a vitória sobre o terrorismo pode não ser assegurada», afirmou Hamid Karzai, sublinhando a sua satisfação pela nova estratégia dos EUA.

A administração Obama mudou completamente de rumo, quando comparada com os oito anos de George W. Bush, que não reconhecia nos talibãs o direito ao diálogo. Na mesma conferência sobre o Afeganistão, Hillary Clinton falou aos mais de 90 delegados de países e instituições internacionais.

«Devemos aprovar os esforços do governo afegão para separar os extremistas da Al-Qaeda e os talibãs daqueles que querem sair dessa convicção. Devíamos oferecer-lhes uma forma digna de reconciliação e reintegração numa sociedade em paz, sempre que queiram abandonar a violência, romper com a Al-Qaeda e apoiar a constituição», disse a Secretária de Estado dos EUA.

Esta «amnistia» oferecida pelo país que iniciou a luta por vezes desenfreada contra o terrorismo abre as portas a um novo horizonte, especialmente tendo em conta que Barack Obama redesenhou toda a estratégia no Afeganistão, prometendo o envio de milhares de militares norte-americanos para treinarem as forças afegãs e civis, impulsionando desta forma o desenvolvimento das instituições.

Dos países-vizinhos, foi o Irão que se pronunciou, prometendo ajuda na «luta contra o tráfico de droga no Afeganistão», na voz do ministro Mehdi Ajundzadech, que lidera a delegação deste país na conferência realizada em Haia.

No entanto, o responsável fez questão de sublinhar as diferenças entre a estratégia iraniana e a dos EUA: «A presença de tropas estrangeiras não melhorou as coisas no país e parece que um aumento do número de militares não será eficaz.»
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