Estados Unidos ainda prontos para destacar forças militares no Médio Oriente, diz Pentágono - TVI

Estados Unidos ainda prontos para destacar forças militares no Médio Oriente, diz Pentágono

  • Agência Lusa
  • RL
  • 20 nov 2021, 13:01
Lloyd Austin, secretário da Defesa do EUA

Secretário da Defesa norte-americano reitera a determinação em não deixar o Irão dispor de armas nucleares

Os Estados Unidos mantêm-se prontos para destacar "forças militares significativas" no Médio Oriente, afirmou hoje o secretário da Defesa norte-americano, reiterando a determinação em não deixar o Irão dispor de armas nucleares.

Todas as opções estão sobre a mesa, especialmente se a diplomacia falhar num acordo sobre o programa nuclear do Irão, garantiu Lloyd Austin, durante o Diálogo de Manama, um encontro que se realiza anualmente no Bahrein.

Segundo o chefe do Pentágono, os Estados Unidos da América não abdicam do direito de se defender e aos seus interesses na região, estando determinados a não deixar que o Irão disponha de armas nucleares.

Que nenhum país e nenhum indivíduo duvide disso. Estamos comprometidos com a nossa defesa, com os nossos interesses, e isso inclui também os nossos parceiros. E estamos também determinados a não deixar que o Irão se equipe com armas nucleares", acrescentou Lloyd Austin.

De acordo com o secretário da Defesa, o principal objetivo dos Estados Unidos é fortalecer as suas alianças no Oriente Médio, mas salientou que o país continua a dispor de dezenas de milhares de militares estacionados na região.

"O compromisso da América com a segurança no Oriente Médio é forte e seguro", insistiu.

Depois de ter retirado em agosto a sua força militar do Afeganistão, os Estados Unidos preparam-se para sair do Iraque até ao final do ano.

Após cinco meses de suspensão relacionada com a nomeação do novo chefe de Estado iraniano, Ebrahim Raïssi, as negociações devem ser retomadas no sentido de recuperar o acordo de internacional de 2015, que impede o Irão de desenvolver armas nucleares.

As negociações envolvem a França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e a República Popular da China.

Os Estados Unidos retiraram-se do tratado, de forma unilateral, em 2018, impondo sanções contra o Irão, mas a nova Administração Biden demonstra vontade em regressar ao tratado.

Em resposta às posições do anterior presidente norte-americano, Donald Trump, Teerão retomou progressivamente a produção de urânio enriquecido, que pode ser utilizado em material bélico.

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