Israel bombardeou Síria em resposta a ataque e matou 23 combatentes - TVI

Israel bombardeou Síria em resposta a ataque e matou 23 combatentes

  • LCM (atualizada às 11h41)
  • 10 mai 2018, 11:00

Resposta israelita aos ataques iranianos contra o lado da Colina de Golã

A defesa antiaérea do exército sírio intercetou hoje de madrugada mísseis israelitas lançados contra o território sírio, indicou a agência oficial Sana, citando uma fonte militar.

Esta foi a resposta israelita aos ataques iranianos contra os Montes Golã, ocupados por Israel. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que "os mísseis israelitas apontaram contra posições do regime sírio e dos aliados perto da cidade de Baas, na região de Kuneitra".

Pelo menos 23 combatentes leais ao Presidente sírio morreram neste ataque do exército israelita contra posições iranianas e do Hezbollah na Síria, anunciou o OSDH.

Entre os mortos há cinco membros das forças regulares sírias, nomeadamente um oficial, e outros 18 efetivos de nacionalidade síria e estrangeiros, disse o líder da organização não-governamental, Rami Abdurrahman, admitindo não ser ainda claro se há iranianos entre os mortos.

A mesma fonte adiantou que o número de vítimas deverá aumentar porque alguns dos feridos estão em estado crítico.

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, anunciou hoje que as Forças Armadas israelitas bombardearam “quase todas” as infraestruturas iranianas na Síria em resposta a ataques sírios contra posições nos Montes Golã.

O Ministério da Defesa russo informou, entretanto, que o exército israelita utilizou 28 aviões e disparou 70 mísseis contra as infraestruturas iranianas na Síria, tendo metade dos mísseis sido destruídos pelo sistema de defesa antiaéreo sírio.

"Vinte e oito aviões israelitas F-15 e F-16 participaram nos ataques e dispararam 60 mísseis de tipo 'ar-terra' em diversas regiões sírias", disse o ministério em comunicado, citado pelas agências russas.

"Mais de dez mísseis táticos de tipo 'terra-terra' foram disparados desde Israel", acrescentou o ministério.

"Sob o pretexto de 'responder' aos tiros disparados contra posições israelitas nos montes Golã", estes ataques ocorreram a 10 de maio entre as 01:45 e as 03:45 locais", precisou.

Os ataques visaram "posições das forças iranianas e posições ligadas ao sistema de defesa aéreo sírio na zona de Damasco e no sul da Síria", segundo o mesmo comunicado.

O ministério russo diz que os danos sofridos pelas forças iranianas e pelas infraestruturas militares e civis sírias ainda estão a ser avaliados.

O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, mostrou-se hoje preocupado e apelou “à moderação" na sequência dos ataques israelitas contra infraestruturas iranianas na Síria.

"Nós estabelecemos contactos com cada uma das partes e a todos apelámos à moderação", disse o diplomata a agências de notícias russas, que disse estar" muito preocupado" com a situação.

Antes, o exército israelita tinha divulgado que as forças iranianas na Síria dispararam na noite de quarta-feira duas dezenas de projéteis contra as forças israelitas, na parte dos montes Golã ocupada por Israel, e que o exército de Israel retaliou.

O porta-voz do exército israelita, o tenente-coronel Jonathan Conricus, disse aos jornalistas que os projéteis, alguns dos quais intercetados pelo sistema de defesa antimíssil israelita, não causaram vítimas.

Conricus atribuiu os tiros à brigada Al-Qods, unidade especial dos Guardas da Revolução do Irão, força de elite do regime, adiantando: “O exército israelita vê este ataque iraniano contra Israel com grande severidade”.

Um ataque na terça-feira à noite com mísseis "provavelmente israelitas" perto de Damasco matou 15 combatentes estrangeiros pró-regime, entre os quais oito iranianos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que indicou que o alvo foi um depósito de armas alegadamente pertencente aos Guardas da Revolução iranianos.

Antes, o exército israelita tinha informado que Israel se encontrava em “alerta máximo” face ao risco de um ataque na zona dos montes Golã, território sírio ocupado e anexado pelo Estado hebreu, “após identificar atividade irregular das forças iranianas na Síria”.

 

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