Jornalista iraniano condenado à pena de morte por “provocar agitação” - TVI

Jornalista iraniano condenado à pena de morte por “provocar agitação”

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 2 jul 2020, 17:52
Jornalista iraniano condenado à pena de morte pelos protestos de 2017

É considerado culpado de incentivar a onda de protestos que levou milhares àsruas do Irão, em 2017

Ruhollah Zam, jornalista iraniano, foi condenado à pena de morte, esta terça-feira, no Irão, por “corrupção na terra”, um dos crimes mais graves no país.

Zam geria o site Amadnews, uma popular plataforma de informação anti-governamental, que o Irão acusa de ter incentivado aos protestos de 2017-2018.

Administrava também uma conta na rede social Telegram, plataforma idêntica ao Whatsapp, na qual divulgou mensagens sobre os protestos em 2017 e partilhou vídeos das manifestações.

O jornalista iraniano vivia e trabalhava no exílio, em Paris, antes de ser convencido a voltar ao Irão, onde foi preso em outubro de 2019. Posteriormente, Zam apareceu na televisão iraniana admitindo os seus erros e pedindo desculpas pelas suas atividades realizadas no passado.

O Irão acusa ainda Ruhollah Zam de trabalhar para os serviços secretos norte-americanos, franceses e israelitas, que, segundo a sua acusação, lhe garantiam proteção.

A República Islâmica do Irão é um dos casos mais flagrantes de repressão aos jornalistas. Desde 1979, com a chegada do Aiatola Khomeni ao poder, depois de 14 anos no exílio, o país já prendeu ou executou, pelo menos, 860 jornalistas, de acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras.

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