"Pilares de sal". Centenas de pessoas posaram nuas para Spencer Tunick no Mar Morto - TVI

"Pilares de sal". Centenas de pessoas posaram nuas para Spencer Tunick no Mar Morto

  • Pedro Falardo
  • 18 out 2021, 12:50

Fotógrafo conhecido por juntar centenas de nus em sessões fotográficas regressou ao Mar Morto para alertar para o desastre ambiental

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Centenas de pessoas nuas, cobertas apenas com tinta branca em todo o corpo, posaram para uma sessão fotográfica no terreno árido junto do Mar Morto, no sul de Israel. 

O trabalho, realizado pelo artista americano Spencer Tunick - conhecido por organizar este tipo de sessões com nus -  pretende consciencializar mentalidades para o desastre ambiental no Mar Morto, que tem vindo a perder vários metros de água.

Segundo o The Guardian, o artista foi convidado pelo ministério do Turismo israelita para retratar o desaparecimento do Mar Morto pela terceira vez na sua carreira, depois de já o ter feito em 2011 e 2016.

Spencer Tunick, conhecido por retratar modelos nus nas suas fotografias, falou mais uma vez à imprensa: “Para mim, o corpo representa a beleza, a vida e o amor”, disse o fotógrafo de 54 anos.

Penso que a justaposição de um corpo humano, muito frágil, contra o Mar Morto, igualmente vulnerável, vai trazer uma nova energia ao trabalho e às conversas das pessoas”, afirmou.

A tinta branca usada para cobrir os cerca de 200 modelos que participaram na sessão foi feita especialmente para Tunick. Segundo a CNN, foi concebida para tornar os corpos dos voluntários como pilares de sal, uma referência não só às formações minerais no Mar Morto, mas também à mulher de Ló, personagem bíblica. Segundo o Velho Testamento, a mulher de Ló transformou-se numa estátua de sal por ter desobedecido aos mensageiros de Deus e ter visto destruir a cidade de Sodoma. 

Tunick já trabalhou em Portugal no início do século, quando fotografou centenas de pessoas nuas em Santa Maria da Feira. Em maio de 2020, o artista falou à TVI24 a propósito do seu trabalho “Stay Apart Together”, realizado durante o início da pandemia de covid-19, que consistia em sessões fotográficas de nu artístico através de videoconferência.

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