Daniele De Rossi vai deixar a Roma no final da temporada, comunicou o clube esta terça-feira. O internacional italiano confessou que este não era o fim que imaginou depois de 19 anos no plantel principal dos romanos.
«Sempre me preparei mentalmente para isto, mas sem pensar como iria acontecer. Não sairia contente mesmo que fosse por decisão minha. A Roma é a minha casa. Atravessei estes portões pela primeira vez quando tinha onze anos. O carro já chega aqui sozinho de manhã. Vou sentir falta de não fazer nada. Quero jogar e a direção não quer que fique. É a única diferença que existe e que interessa. Não tem mal, mesmo que não fique satisfeito com isso», disse, referindo-se ao facto de o clube lhe ter comunicado que não contava para o próximo ano.
«Não tenho a certeza como imaginei como iria sair. Imaginava-me completamente acabado, com dificuldades em campo, e os diretores a pedirem-me para eu continuar. Não aconteceu, tenho de aceitar a decisão e seguir em frente. Disseram-me que podia ser um grande diretor. Se fosse diretor, daria um novo contrato a um jogador como eu. Mesmo com os problemas físicos, acho que joguei bem. Sou um jogador que não cria problemas no balneário, muito pelo contrário, resolvo-os», acrescentou.
O capitão dos «gialorossi» assumiu ter percebido que a Roma não iria renovar o seu contrato antes da decisão lhe ser oficialmente comunicada.
«É verdade que só me informaram ontem [segunda-feira], mas tenho quase 36 anos. Não sou idiota. Sei o que significa quando ninguém te diz nada durante um ano ou dez meses nem para discutir a ideia de renovar», atirou.
De Rossi confirmou ainda que não sabe onde vai prosseguir a carreira. «Recebi mais de 500 mensagens esta manhã e vi algumas ofertas (risos). Não tomei nenhuma decisão. Sinto-me jogador de futebol, mesmo com os problemas físicos que tive este ano. Acho que tenho muito para dar e seria errado deixar de jogar agora», referiu.