Lippi: «Totti e Buffon são imortais» - TVI

Lippi: «Totti e Buffon são imortais»

Marcelo Lippi durante a derrota da Itália

Treinador revela vontade em voltar ao futebol, mas não no papel de treinador

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Marcelo Lippi, treinador que se sagrou campeão do Mundo pela Itália em 2006, recordou a noite de Berlim e deu a receita para o futuro do futebol italiano. Pelo meio, deixou elogios a Totti e a Buffon e abordou um possível regresso ao futebol.

A poucos dias da squadra azzurra entrar em campo no Euro 2016, o antigo selecionador italiano destaca as diferenças entre a equipa campeã do mundo e atual equipa de Conte. Para contrariar o cenário atual, apenas 35 por cento de atletas de nacionalidade italiana integram os planteis das equipas da Serie A, o treinador sugere uma alteração dos regulamentos, à semelhança do que acontece na Rússia por exemplo.

«Por mim, e se todos os presidentes concordassem, havia um limite de cinco estrangeiros por equipa, sendo os restantes seis italianos. Sei que é uma fantasia, mas é a única solução possível para alterar o rumo dos acontecimentos. Toda a gente diz que há demasiados estrangeiros, é preciso um pacto de honra», salientou em declarações à rádio «Anch'io lo sport». 

De relembrar que, há dez anos, 66 por cento dos atletas de origem transalpina disputavam o principal escalão do futebol italiano, o que permitia ao selecionador da Itália ter um leque mais alargado de opções:

«É possível inverter a tendência [elevado número de estrangeiros no campeonato italiano] se houver a vontade dos presidentes dos clubes. Legalmente, Conte não pode fazer nada. Há livre circulação dos trabalhadores e os jogadores estão empregados, podem jogar em qualquer lugar», referiu.

Ao longo desta entrevista, o antigo campeão do mundo teceu elogios a Totti e Buffon, jogadores que faziam parte da seleção italiana eu tocou no céu em Berlim.

«Penso muitas vezes no Mundial2006 e penso em Buffon e em Totti, que conseguiu convencer todos a deixá-lo jogar mais um ano. São jogadores imortais. Não penso no seu futuro, eles continuam a ser protagonistas», frisou.

Por último, o técnico de 68 anos está sem clube desde que terminou a aventura na China ao serviço do Guangzhou Evergrande, há cerca de dois anos atrás. Questionado sobre um possível regresso ao ativo, Lippi garantiu que gostaria de voltar mas noutro cargo que não o de treinador.

«Estou à espera. Sempre disse que gostaria de continuar a desempenhar funções no futebol, mas não como treinador», assegurou o italiano que tem sido apontado como próximo diretor técnico da squadra azzurra.

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