Fundador da Alibaba desaparece misteriosamente pouco depois de criticar o regime chinês - TVI

Fundador da Alibaba desaparece misteriosamente pouco depois de criticar o regime chinês

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 3 jan 2021, 16:22
Jack Ma

A presença de Jack Ma no reality show em que participava foi apagada sem qualquer aviso prévio

O multimilionário chinês Jack Ma não é visto em público desde o final do mês de outubro, pouco depois de ter feito duras críticas ao regime chinês. De acordo com a imprensa britânica, o magnata foi substituído abruptamente do reality show do qual fazia parte.

Jack Ma, um antigo professor de inglês que fundou a Alibaba, chegou a ser um símbolo de sucesso para o regime chinês, mas o destino do empreendedor tecnológico parece ter mudado a partir do momento em que criticou os regulamentos financeiros na China, afirmando que o “futuro é inovação e não capacidades regulatórias”.

No final do mês de novembro, as autoridades chinesas suspenderam o processo de Oferta Pública Inicial da Ant Company, impedindo que as ações da empresa fossem colocadas à venda. Pouco depois, seria anunciada uma investigação antimonopolista contra a Alibaba.

Agora, a fotografia do milionário foi retirada do site do programa Africa’s Business Heroes, um programa de televisão criado pelo próprio, que procura os melhores empreendedores africanos. Ma foi deixado de fora do vídeo promocional do programa.

A sua presença nas redes sociais também parece ter-se dissipado misteriosamente. O milionário chinês, ávido utilizador da rede social Twitter, deixou de fazer publicações.

Apesar de não existirem indicações de que o empresário corra risco de vida, esta não é a primeira vez que um membro da elite chinesa desaparece misteriosamente depois de criticar as chefias do país ou o seu líder. Em março de 2020, o magnata do imobiliário Ren Zhiqiang desapareceu misteriosamente após ter apelidado do presidente chinês Xi Jinping de “palhaço” pela forma como respondeu à pandemia de covid-19.

De acordo com amigos do Zhiqiang, o empresário acabaria por ser sentenciado a 18 anos de prisão, após confessar vários crimes de corrupção. Essas mesmas fontes sugerem que a confissão tenha sido “forçada”.

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