Aplicação japonesa ajuda mulheres a identificar predadores sexuais - TVI

Aplicação japonesa ajuda mulheres a identificar predadores sexuais

  • AG
  • 22 mai 2019, 18:14
Comboio Japão

A Digi Police pretende combater o assédio sexual nos transportes públicos no país. Segundo dados da polícia de Tóquio, 900 casos de assédio sexual foram reportados por mulheres em 2017

Foi lançada no Japão uma aplicação que permite às mulheres identificar agressores sexuais. A tecnologia faz com que o telefone emita um som e uma mensagem que informam as pessoas à volta de que existe um assediador por perto. A Digi Police, nome da app, destina-se às mulheres que andam de comboio.

Ao ser acionado o alarme, o telemóvel emite um aviso de áudio em que se ouve uma voz a dizer “Pare!”, seguindo-se uma mensagem em que se lê “Está aqui um assediador. Por favor ajudem”.

A Digi Police existe há três anos e já conta com cerca de 237 mil downloads e com 10 mil novos utilizadores todos os meses, segundo a polícia japonesa, responsável pela introdução da tecnologia.

Segundo as autoridades nipónicas, a aplicação permite que as pessoas denunciem a situação sem se exporem visualmente, mantendo-se mais protegidas dos eventuais agressores.

O assédio nos transportes ferroviários japoneses, seja metro ou comboio, é um problema de há muito. Segundo dados da polícia de Tóquio, 900 casos de assédio sexual foram reportados por mulheres em 2017. No entanto, este é um flagelo mais antigo da sociedade japonesa. Em 2001 foram construídas carruagens dedicadas exclusivamente a mulheres, de forma a combater o assédio.

De acordo com a lei japonesa, os agressores sexuais enfrentam uma pena de seis meses de prisão ou multas de 50 mil yens (cerca de quatro mil euros). No caso de a situação aportar violência a pena pode chegar aos 10 anos.

Inicialmente construída para ajudar idosos e crianças em situações complicadas, a Digi Police ganhou fama entre a comunidade feminina, sendo hoje o principal público da aplicação japonesa.
 

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