É a luta mais recente das feministas japonesas, que enfrentam um código de vestuário restrito em muitas empresas. Usar óculos graduados no trabalho converteu-se num problema para grande parte das mulheres no Japão: é que há empresas que proíbem a sua utilização.
A razão para este veto é meramente estética: se as trabalhadoras usarem óculos, não se consegue ver a maquilhagem, que é outra exigência comum que as empresas japonesas impõem às mulheres.
Um par de óculos que cubra grande parte do rosto é considerado, em muitas empresas, menos feminino, dá uma imagem fria, grosseira e não combina com o traje tradicional do país.
Esta proibição originou protestos nas redes sociais sobre os códigos de vestuário para as mulheres japonesas nos locais de trabalho. Nas redes sociais, a hashtag "óculos são proibidos" ficou popular no Japão e o assunto atraiu atenções na sexta-feira.
Não proíbam com base em valores egoístas. Liberdade no emprego. Discriminação contra mulheres ou contra #proibiçãodeóculos", lê-se numa mensagem partilhada no Twitter.
勝手な価値観で禁止にするな
— 藏 (@MotoMotoda) November 6, 2019
諸事情によりコンタクトを入れることが出来ない人間はこの職には付けない事になる。
職業選択の自由 以前の問題
女性のみとか 差別だ差別#メガネ禁止 pic.twitter.com/LFaHLYO67O
Kumiko Nemoto, professora de sociologia da Universidade de Estudos Estrangeiros de Quioto, disse à BBC que "as pessoas no Japão estão a reagir com mais indignação a práticas ultrapassadas" e que esta proibição "reflete um pensamento japonês antigo e conservador".
Esta não é a única discussão das japonesas contra as empresas no Japão. Recentemente, as feministas já se tinham pronunciado sobre o uso do saltos altos, porque esta continua a ser uma exigiência em muitas empresas.