Novo ultimato do Estado Islâmico: japonês tem 24 horas de vida - TVI

Novo ultimato do Estado Islâmico: japonês tem 24 horas de vida

  • Redação
  • CF - Notícia atualizada às 18:40
  • 27 jan 2015, 14:52
Refém japonês nas mãos do Estado Islâmico (REUTERS)

Novo vídeo cuja autenticidade ainda está a ser apurada revela que Kenji Goto tem 24 horas de vida e piloto jordano menos do que isso, a menos que a Jordânia liberte a bombista

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O governo japonês reuniu esta terça-feira o gabinete de crise para verificar a autenticidade da voz que alegadamente pertencerá a Kenji Goto, divulgada num novo vídeo divulgado supostamente pelo Estado Islâmico e que mostra uma imagem estática do japonês feito refém pelos jihadistas. O vídeo foi revelado esta terça-feira e nele alegadamente Kenji Goto diz que «tem apenas 24 horas de vida» e que o «piloto jordano tem ainda menos». 

Este suposto novo vídeo mostrando Kenji Goto - poupado no sábado passado pelos jihadistas após mudarem as regras do jogo e pediram não um resgate, mas uma troca de prisioneiros -, vem, na sequência de notícias avançadas nas últimas horas e que dão conta de que a troca do jornalista japonês pela «irmã de armas» dos terroristas, detida na Jordânia, se pode efetivar. Mas, a Jordânia também colocou as suas regras, de acordp com a agência noticiosa japonesa Kyodo News que entrevistou um membro do ministério dos negócios estrangeiros da Jordânia, segundo o IBT.

No sábado, o Estado Islâmico revelou um vídeo com uma imagem de Kenji Goto segurando uma fotografia do compatriota morto e com uma voz em fundo. Na locução, aparentemente feita por Goto, era dito que a culpa da morte do outro refém japonês, Haruna Yukawa, era do primeiro-ministro nipónico, que disse não ceder a chantagens terroristas e que não pagou o resgate de 200 milhões de dólares exigido pelos jihadistas para a libertação dos dois japoneses.

A vida de Kenji Goto foi, no entanto, poupada com um propósito: os terroristas já não queriam dinheiro, mas uma troca de prisioneiros. Uma mulher, Sajida al-Rishawi, detida na Jordânia, no corredor da morte acusada dos ataques a Amman em 2005, e que vitimou 60 pessoas.

De imediato o governo de Tóquio encetou os canais diplomáticos com a Jordânia, que está disposta a abrir mão da prisioneira em troca do japonês e de um piloto da Força Aérea da Jordânia capturado pelo Estado Islâmico depois do seu avião ter sido caído em território dominado pelos jihadistas no mês passado.

O Rei da Jordânia já veio dizer que a que o regresso do piloto «é uma prioridade do seu país». 

As autoridades nipónicas e jordanas estão a tentar confirmar a autenticidade desta nova comunicação feita pelos terroristas do Estado Islâmico, de acordo com a televisão japonesa NHK. Segundo a Reuters, o governo de Tóquio reiterou, no final da reunião, o pedido de ajuda à Jordânia. 
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