Decisão ONU: Hamas congratula-se, Israel fala em "vergonha" - TVI

Decisão ONU: Hamas congratula-se, Israel fala em "vergonha"

Colonatos

Conselho de Segurança da ONU exige a Israel fim "imediato" da política de colonatos. Estados Unidos abstiveram-se, o que permitiu que a resolução fosse aprovada pelos restantes membros do Conselho de Segurança

Os movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica congratularam-se com a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra os colonatos judeus e consideraram que é uma "mudança" na política da comunidade internacional.

"O Hamas dá as boas-vindas a esta resolução e congratula-se com mudanças positivas na postura da comunidade internacional que apoia os direitos dos palestinianos nos organismos internacionais", afirmou em comunicado o porta-voz do Hamas, Fauzi Barhum.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na sexta-feira uma resolução a exigir a Israel o fim “imediato” e “completo” da política de colonatos nos territórios palestinianos.

No referido comunicado, o Hamas exorta a comunidade internacional a fazer mais pela causa palestiniana e a pôr fim à ocupação israelita.

"Israel rejeita resolução vergonhosa"

Mas, Israel já fez saber que não vai cumprir a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, disse o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

“Israel rejeita resolução vergonhosa da ONU anti-Israel e não está de acordo”, informa, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro israelita.

No comunicado, o primeiro-ministro salienta que, como o “Conselho de Segurança não faz nada para parar o massacre de meio milhão de pessoas na Síria, conspira contra a única verdadeira democracia do Médio Oriente, Israel, e qualifica o Muro das Lamentações [lugar mais sagrado do judaísmo] como um ‘território ocupado”, disse.

Saeb Erekat, negociador palestiniano do processo de paz, considera que este “é um dia histórico” porque a “comunidade internacional declarou-se a favor da paz e da esperança”.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Samantha Power, garantiu que o país não está a abandonar Israel nem a desistir de encontrar uma solução de dois Estados.

Os Estados Unidos, depois de terem vetado em 2011 uma resolução similar, abstiveram-se, o que permitiu que a resolução fosse aprovada pelos restantes membros do Conselho de Segurança.

Historicamente, os Estados Unidos têm exercido o seu direito de veto em relação a propostas de resolução que visam condenar Israel por causa da sua política para com os territórios palestinianos.

O que diz a resolução?

A resolução exige que "Israel cesse imediatamente e completamente todas as atividades de colonização (os colonatos) no território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Oriental."

As Nações Unidas afirmam que os colonatos são ilegais, mas autoridades da ONU relataram um aumento na construção nos últimos meses. Estes colonatos nos territórios palestinianos são considerados como um grande obstáculo à paz entre Israel e Palestina, assim como na região.

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